Depois de treinador de Bancada, o árbitro de Bancada: Uma Evolução Natural
Confesso que tenho dificuldade em compreender os receios que rodeiam a hipotética greve dos árbitros na semana do Porto – Benfica. Não sei se ainda mantém em rigor a velha regra segundo a qual, na ausência do árbitro, deve ser recrutado um espectador na bancada para arbitrar a partida. S assim fosse, o mais provável seria que o árbitro do jogo acabasse por ser um adepto do Porto. Sinceramente, creio que ninguém daria pela diferença. Seria um Porto – Benfica perfeitamente normal. Já aqui recordei a noite histórica em que o Sr. Donato Ramos, depois de ter permitido que o Vítor Baía defendesse com as mãos fora da área, anulou um autogolo do Porto por fora-de-jogo posicional de um jogador do Benfica. Hoje, lembro o saudoso árbitro Carlos Calheiros (que é também o eminente turista José Amorim), que um dia assinalou um penalty contra o Benfica por uma razão que permanece misteriosa até agora. Na primeira repetição, José Nicolau de Melo descortinou (e José Nicolau de Melo descortinava como ninguém) uma falta de Mozer. Na segunda repetição, julgo que aventou uma mão de Hélder. E, na terceira repetição, concluiu que não existia falta nenhuma das infracções anteriores nem qualquer outra, mas optou por dar o benefício da dúvida ao árbitro. Gente maldosa comentou que o benefício da dúvida tinha sido o menor dos benefícios que o árbitro tinha recebido nessa noite. Acredito mesmo que qualquer adepto do Porto faria um trabalho mais isento.
Quanto à greve, não sei se tem razão de ser, mas não percebo a forma do protesto. Quando os trabalhadores da TAP fazem greve, não comparecem na TAP, que é a morada do patrão. Quando os funcionários da EDP fazem greve, abstêm-se de comparecer na EDP, que é a morada do patrão. Quando os árbitros fazem greve, ameaçam não comparecer no estádio do Dragão? Que esquisito.
Todos estes meses depois, o túnel da Luz continua a afastar o inigualável Givanildo da convocatória da selecção brasileira. Há, perversa infra-estrutura! Perversa e sectária, que o David Luiz passa lá todas as semanas e continua a ser convocado.
“ (…) é assustador verificar a frequência com que, graças a uma redacção voluntariamente ambígua da lei, são anuladas em julgamento as escutas telefónicas.”
MIGUEL SOUSA TAVARES
Expresso, 11 de Junho de 2007
“ Durante quatro semanas a fio, o jornal «Sol» levou a cabo, tranquilamente, a divulgação de escutas telefónicas recolhidas num processo em segredo de justiça e abrangendo até alguma gente que, tanto quanto sabemos, não é suspeita de qualquer crime. (…) E todos nós, mesmo os discordantes, fomos obrigados a ler as escutas e concluir a partir dos factos e indícios nelas contidos, sob pena de sermos excluídos da discussão pública”.
MIGUEL SOUSA TAVARES
Expresso, 25 de Março de 2010
Como já aqui tive ocasião de notar, há um grande consenso social em torno do fenómeno das escutas. Até gente de clubes diferentes se encontra no essencial, o que é notável e bonito. Por exemplo, eu concordo com o Miguel Sousa Tavares quando diz que é assustador o número de escutas telefónicas, algumas bem incriminadoras, que são anuladas em tribunal. E também me sinto obrigado a tomar conhecimento dos factos e indício nelas contidos, para não ser excluído da discussão pública. O que pretende quem deseja fingir que as escutas não existem é decretar a obrigatoriedade da hipocrisia. E isso, fiquem sabendo, Miguel Sousa Tavares nunca permitiria. E eu estou com ele nesta luta. Juntos venceremos, tenho a certeza.
“ Jornalista – O best seller de Carolina assume foros de escândalo. As críticas vêm até indefectíveis portistas.
Rui Moreira – O Sr. Jorge Nuno Pinto da Costa devia ter falado com os adeptos, devia ter falado com os sócios, sobre esta matéria. E devia ter-lhes pedido desculpa
(…)
Jornalista – As críticas aos administradores da SAD não se limitam à gestão.
Rui Moreira – À volta daqueles que são os grandes líderes, aquilo que acontece é que se começa a confundir a fidelidade com o cortesão. Perante o Sr. Jorge Nuno Pinto da Costa são absolutamente acríticas, mas nas costas do Sr. Jorge Nuno Pinto da Costa são as pessoas mais críticas. E esta tendência, que é típica dos cortesãos, como nós sabemos, aquilo a que se chama jogos de corredor, é típica também de uma instituição cuja a liderança se aguenta durante muitos anos. (…) Aquele passeio da fama que o FC Porto tem, Faltam lá alguns nomes, claramente.
Jornalista – Mas quem é que é o responsável por isso?
Rui Moreira – É a política de guerrilha”.
Numa interessante reportagem da RTP, disponível aqui: http://www.youtube.com/watch?v=5yjllkmd4wg&feature=related.
Tenho acompanhado com muito interesse o Trio D’Ataque na sequência do despedimento com justa causa de Rui Moreira. Por muito que me custe admiti-lo, o comunicado emitido pela SAD do Porto estava correcto: de facto, o novo elemento (além de ter a estanha mania de permanecer no estúdio durante toda a duração do programa, honrando o contrato que o liga à RTP), emite livremente opiniões que são da sua exclusiva responsabilidade. O novo modelo do programa faz lembrar o tempo em que Rui Moreira não era sequer candidato a sócio do ano, antes de ter percebido que as suas opiniões não eram as mais correctas, quer para as suas ambições inconfessadas, quer para a sua saúde. Espero que o estádio do Dragão tenha corredores espaçosos: há mais um jogador para albergar.
P.S. - Tanto Miguel Sousa Tavares (que esta semana nos obsequiou com uma excelente redacção subordinada ao tema A Caça aos Patos) como Rui Moreira (que fornece aos leitores informações interessantíssimas, como o facto de não ter visto um jogo por estar a entreter um Sr. Que até é comendador) insistem que eu não escrevo aqui sobre o que devia. O jurista que cita a declaração de independência pensando estar a citar a constituição americana considera que eu não sei do que falo; o comentador desportivo que foi despedido por não comentar tem reparos a fazer aos meus comentários. Vivemos num mundo estranho.
Ricardo Araújo Pereira, 30 de Outubro in Jornal A Bola
31/10/10
30/10/10
Benfica 2 P. Ferreira 0
A noite de Pablito
O Benfica somou esta sexta-feira a quinta vitória consecutiva na Liga portuguesa, ao vencer em casa o Paços de Ferreira, por 2-0. Na partida da 9.ª jornada da prova, os golos “encarnados” foram apontados por Aimar e Kardec.
Para a recepção aos “castores”, o treinador Jorge Jesus apresentou apenas uma novidade em comparação com a vitória do domingo passado, frente ao Portimonense. Com a recuperação de Fábio Coentrão, o técnico apostou na sua entrada para o lado esquerdo do ataque, passando Gaitán para o lado contrário do terreno. Carlos Martins não foi, assim, opção de início frente aos pacenses.
Foi o Paços de Ferreira a primeira equipa a criar perigo na partida, mas o guarda-redes espanhol Roberto opôs-se muito bem a um remate de Rondon (6’). Depois deste pequeno susto, o Benfica, como lhe competia, assumiu as despesas do encontro e começou a criar boas jogadas de ataque. Coentrão (8’) e Saviola (12’) estiveram muito perto de abrir o marcador, mas foi Aimar quem celebrou no Estádio da Luz. Após um excelente trabalho individual sobre vários adversários, o médio-ofensivo argentino fez um golo de belo efeito (14’), colocando o Benfica a vencer, justamente, por 1-0.
E o futebol ofensivo e bonito dos “encarnados” continuou nos minutos seguintes. Aos 19 minutos, numa das mais belas jogadas do encontro, Coentrão combinou com Kardec e este cruzou para a conclusão de Saviola. O remate do argentino só foi travado por Maykon que evitou, assim, o segundo golo. Outro lance de belo efeito saiu dos pés de Coentrão que, no entanto, rematou ao lado (24’).
O Paços de Ferreira, sempre muito fechado na sua defesa, apenas tentou incomodar o Benfica através de transições rápidas, mas Roberto foi segurando os remates mais perigosos dos pacenses.
O segundo tempo começou logo com um remate ameaçador de Fábio Coentrão (46’). O Paços procurou subir no terreno e durante uns minutos o espírito de grupo dos “encarnados” foi fundamental para controlar essa reacção do adversário.
Uma falta sobre Fábio Coentrão na área pacense ditou uma grande penalidade e o consequente segundo tento das “águias”. É que o brasileiro Alan Kardec não perdoou na conversão do castigo máximo, dando outra tranquilidade à equipa (64’), marcando assim o seu primeiro golo na Liga portuguesa.
Uma falta sobre Fábio Coentrão na área pacense ditou uma grande penalidade e o consequente segundo tento das “águias”. É que o brasileiro Alan Kardec não perdoou na conversão do castigo máximo, dando outra tranquilidade à equipa (64’), marcando assim o seu primeiro golo na Liga portuguesa.
É preciso não esquecer que a formação de Jorge Jesus joga uma cartada importante na próxima terça-feira, dia 2 de Novembro, frente ao Lyon para a Liga dos Campeões, pelo que o segundo golo veio permitir uma melhor gestão do encontro por parte dos “encarnados”.
Até ao apito final, e já com o Paços a jogar com menos um (expulsão de Baiano), o Benfica ainda dispôs de um bom par de oportunidades para dilatar a vantagem, no entanto, o 2-0 manteve-se.
O Benfica conquistou, assim, justamente a quinta vitória consecutiva no campeonato nacional e sem sofrer qualquer golo.
Benfica
27/10/10
Liga - Menos espectadores do que há um ano
Apesar de tudo, primeiro lugar em assistências
Decorridas as primeiras oito jornadas, há uma quebra de 36 mil espectadores em relação ao ano passado. O total de 692.324 até agora contabilizados representa um défice de 5 por cento por comparação com os 728.759 de há um ano.
Seis equipas (F.C. Porto, Sporting, Sp. Braga, Nacional, Naval e Rio Ave) registam ligeiras subidas, com a mais expressiva a ocorrer na Figueira, onde a Naval tem mais 2900 espectadores do que há um ano.
No capítulo das perdas, o U. Leiria vem em destaque, com menos 22 mil espectadores do que em 2009/10, o que se explica pelo facto de há um ano ter registado uma enchente ao receber o Benfica logo à 5ª jornada.
O mau início de época dos encarnados traduz-se em menos 4 mil espectadores na Luz. Surpreendentemente, a Académica perde também 4500 entradas de um ano para o outro, apesar do brilhante arranque de campeonato. O mesmo acontece com o Olhanense, com o dobro dos pontos à oitava jornada, mas com menos seis mil adeptos nas bancadas.
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Confira os números oficiais disponibilizados pela Liga:
1- Benfica: 181.096 (185.312 há um ano)
2- F.C. Porto: 155.368 (154.146)
3- Sporting: 97.759 (96.385)
4- V. Guimarães: 61.154 (71.356)
5- Sp. Braga: 48.580 (46.612)
6- Portimonense*: 21.640 (23.727)
7- Beira Mar**: 21.196 (13.416)
8- Olhanense: 16.897 (22.513)
9- Marítimo: 14.906 (15.243)
10- Académica: 13.874 (18.313)
11- V. Setúbal: 11.975 (13.709)
12- Nacional: 11.502 (10.497)
13- Naval: 11.169 (8.248)
14- Paços: 10.703 (13.554)
15- Rio Ave: 9.529 (8.752)
16- U. Leiria: 4.976 (26.966)
26/10/10
25/10/10
24/10/10
Portimonense 0 Benfica 1
É tão complicado marcar golos...
A tradição ainda manda e o Benfica continua sem perder com o Portimonense em jogos para o campeonato nacional. Javi Garcia a abrir a segunda parte marcou o único golo do jogo, dando a quarta vitória consecutiva aos encarnados, que ascenderam assim ao segundo lugar da classificação. Agora sozinhos.
Os jogadores do Portimonense entraram com a lição bem estudada e não deram espaço ao Benfica. Os pensadores do jogo ofensivo dos campeões nacionais foram alvos de marcação em cima e com dificuldades em libertarem-se, principalmente nos primeiros quinze minutos.
Elias, Jumisse e Soares foram autênticos homens-sombra de, respectivamente, Aimar, Gaitán e Carlos Martins. Os algarvios entraram desinibidos e tentaram explorar a velocidade de Candeias sobre Maxi Pereira, ainda sem a forma desejada.
As pilhas dos algarvios duraram cerca de quarto-de-hora, tempo em que tiveram oportunidade de incomodar Roberto. Logo aos 27 segundos de jogo, Luisão foi providencial ao cortar para canto um cruzamento de Candeias, mas quase fazia autogolo. Aos seis minutos, Kadi antecipou-se de cabeça a Roberto mas errou o alvo.
Com grandes dificuldades em construir jogo, o remate de longa distância foi a opção encontrada pelo Benfica, e David Luiz colocou à prova Ventura que sacudiu com dificuldade para canto um remate rasteiro do defesa brasileiro. Mas, finalmente (!!), o Benfica deu indícios de querer assumir o jogo.
Gaitán, o primeiro a procurar a liberdade
Ao recuar ligeiramente no terreno para fugir às marcações e ganhar velocidade para embalar, Nico Gaitán foi o primeiro benfiquista a tentar fazer movimentos de rotura. Conseguiu-o algumas vezes. Aimar e Carlos Martins seguiram-lhe o exemplo e os homens-sombra foram desaparecendo. Em consequência, começaram a chover cruzamentos para a área de Ventura e o Benfica tornou-se perigoso até ao intervalo: conquistou muitas faltas e cantos, e valendo-se da qualidade no jogo aéreo em ataque, fez valer aos algarvios a inspiração do jovem guarda-redes emprestado pelo FC Porto. Apesar de não estar a efectuar uma grande partida (longe disso), o Benfica só não foi para intervalo em vantagem porque Ventura não deixou, ficando na retina, espectacular defesa a cabeceamento de David Luiz. A bola era do Benfica e só aos 42 minutos, por Jumisse, o Portimonense voltou a acercar-se da baliza de Roberto.
Cabeça de Javi a abrir
Melhor recomeço não poderia ter o Benfica, ao inaugurar o marcador, na primeira oportunidade que teve, com a cabeça de Javi Garcia a desviar um livre de Carlos Martins, na direita. Um golo que chegou atrasado, face às oportunidades da primeira parte.
A ganhar, os encarnados mantiveram a mesma toada, a controlar o adversário e dois minutos depois poderiam ampliar a vantagem por Kardec, fazendo novamente Ventura brilhar.
Litos já tinha trocado de ponta-de-lança ao intervalo (Kadi por Pelembe) e tentou dar um abanão à produção ofensiva da equipa. Substituiu um médio (Jumisse) por um avançado (Dong) e passou a actuar com dois homens no meio dos centrais encarnados. Três minutos depois de Candeias, em movimento individual, obrigou Roberto a aplicar-se, na única vez que o Portimonense colocou em perigo a supremacia adversária.
O Benfica continuou a pecar na finalização, especialmente nos últimos minutos. Kardec e Jara foram muito perdulários no mesmo lance. Pouco depois, Jesus jogou pelo seguro e substituiu Kardec por Airton, sinal de quanto relevante era para o Benfica os três pontos do jogo.
Todas as vitórias são importantes, mas esta assumiu valor elevado, depois da pálida imagem dada na quarta-feira em Lyon. Era imperioso vencer, a exibição não deslumbrou, mas dá para tentar restabelecer o ânimo e assegurar o segundo posto.
22/10/10
Só há um caminho...
Vieira fez este pedido num contexto muito especial: há muito que uma derrota não pesava tanto no subconsciente dos jogadores do Benfica como a de quarta-feira. Segundo apurou mo CM, a decepção foi tremenda, e o ambiente esteve bem pesado para o treinador, Jorge Jesus, e para os atletas, no rescaldo da derrota. Mais do que os números, iguais, por exemplo, ao resultado verificado na Alemanha, com o Shalke 04, foi a forma como o desaire ocorreu. A equipa foi completamente subjugada pelo adversário e o guarda-redes Lloris não teve de defender um único remate!
O CM sabe que o próprio Luís Filipe Vieira ficou profundamente desgostoso com a imagem deixada pela equipa no estádio Gerland, apesar de ter escolhido galvanizar o plantel.
De acordo com as fontes contactadas, as palavras proferidas por Vieira reflectem a confiança de que deu mostras, desde o defeso, de que o Benfica iria fazer uma boa carreira na Liga dos Campeões, atingindo, pelo menos, os oitavos-de-final, e evitar que os jogadores cedam animicamente numa altura crucial da época, já que a equipa está a sete pontos do líder da Liga, FC Porto, e terá de visitar o Dragão no dia 7 de Novembro.
O CM ouviu algumas delas vindas do interior da Luz, e o descontentamento pela pálida imagem deixada em França fez-se sentir, com uma das fontes contactadas a não perceber por que razão o meio-campo não foi reforçado após a expulsão de Gaitán, que foi repreendido, sabe o CM, pelo treinador.
Outra fonte reforçou a ideia de o meio-campo não ter tido a bola. Em causa, o facto de Jesus ter optado pelo futebol directo (defesa-ataque), o que permitia facilmente aos franceses contra-atacarem quando os médios encarnados procuravam subir no terreno.
CM
O CM sabe que o próprio Luís Filipe Vieira ficou profundamente desgostoso com a imagem deixada pela equipa no estádio Gerland, apesar de ter escolhido galvanizar o plantel.
De acordo com as fontes contactadas, as palavras proferidas por Vieira reflectem a confiança de que deu mostras, desde o defeso, de que o Benfica iria fazer uma boa carreira na Liga dos Campeões, atingindo, pelo menos, os oitavos-de-final, e evitar que os jogadores cedam animicamente numa altura crucial da época, já que a equipa está a sete pontos do líder da Liga, FC Porto, e terá de visitar o Dragão no dia 7 de Novembro.
ESTRATÉGIA DE JORGE JESUS DIVIDE ENCARNADOS
À semelhança do que aconteceu no jogo da Supertaça com o FC Porto (0-2), a derrota com o Lyon causou profundo desagrado nas águias e Jorge Jesus volta a estar no centro das críticas.O CM ouviu algumas delas vindas do interior da Luz, e o descontentamento pela pálida imagem deixada em França fez-se sentir, com uma das fontes contactadas a não perceber por que razão o meio-campo não foi reforçado após a expulsão de Gaitán, que foi repreendido, sabe o CM, pelo treinador.
Outra fonte reforçou a ideia de o meio-campo não ter tido a bola. Em causa, o facto de Jesus ter optado pelo futebol directo (defesa-ataque), o que permitia facilmente aos franceses contra-atacarem quando os médios encarnados procuravam subir no terreno.
CM
20/10/10
Lyon 2 Benfica 0
Desconcentração e futebol pouco inteligente é igual a derrota
A recuperação de Fábio Coentrão permitiu a Jorge Jesus escolher o onze ideal (sem Cardozo), mas nem por isso evitou uma sucessão anormal de erros no Estádio Gerland. O Benfica falhou inúmeros passes na saída para o ataque, sendo que aquele que lhe saiu mais caro até surgiu numa altura em que a equipa portuguesa parecia querer crescer no jogo. Carlos Martins foi desarmado por Gourcuff quando procurava sair para o ataque e a bola acabou no fundo da baliza de Roberto, após cabeçada de Jimmy Briand. O Lyon aproveitava a oferta poucos segundos depois de ter acertado no ferro, por intermédio de Michel Bastos.
Luisão mostrava espírito de bombeiro, mas isso, para além de ser mau sinal, era também um dos poucos aspectos positivos da exibição encarnada. No ataque, com Aimar na direita e Carlos Martins ao centro, o Benfica também se mostrava pouco inspirado, com os elementos desequilibradores a receber quase sempre a bola de costas para a baliza.
Ainda antes do intervalo novo dissabor, provocado pela enésima perda de bola no meio-campo defensivo. Desarmado, Gaitán caiu na tentação de derrubar o adversário e foi para o banho logo aos 44 minutos.
Em poucos minutos de segunda parte se percebeu que o Benfica não estava em condições de discutir o jogo. Se com onze jogadores já não tinha transmitido essa mensagem, muito menos com dez. Roberto foi adiando o segundo golo com grandes intervenções, mas aos 52 minutos não evitou que Lisandro recordasse o sabor de marcar um golo às «águias». Curiosamente, também este segundo golo surge logo após uma bola ao ferro, no caso da autoria de Briand. Com a defesa do Benfica a assistir na primeira fila, este jogador ainda foi à recarga e assistiu Lisandro, que começou por obrigar Roberto a uma grande defesa mas depois concluiu mesmo, em cima da linha de golo.
Não fosse o guarda-redes espanhol e o resultado podia ter sido mais avolumado. Com as saídas de Michel Bastos, Gourcuff e Lisandro o Lyon foi desacelerando progressivamente. Jesus foi trocando peças no meio campo (Peixoto, Jara e Salvio renderam Saviola, Aimar e Martins), mas o Benfica nem sequer conseguiu um remate à baliza. Pálida imagem.
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Luisão mostrava espírito de bombeiro, mas isso, para além de ser mau sinal, era também um dos poucos aspectos positivos da exibição encarnada. No ataque, com Aimar na direita e Carlos Martins ao centro, o Benfica também se mostrava pouco inspirado, com os elementos desequilibradores a receber quase sempre a bola de costas para a baliza.
Ainda antes do intervalo novo dissabor, provocado pela enésima perda de bola no meio-campo defensivo. Desarmado, Gaitán caiu na tentação de derrubar o adversário e foi para o banho logo aos 44 minutos.
Em poucos minutos de segunda parte se percebeu que o Benfica não estava em condições de discutir o jogo. Se com onze jogadores já não tinha transmitido essa mensagem, muito menos com dez. Roberto foi adiando o segundo golo com grandes intervenções, mas aos 52 minutos não evitou que Lisandro recordasse o sabor de marcar um golo às «águias». Curiosamente, também este segundo golo surge logo após uma bola ao ferro, no caso da autoria de Briand. Com a defesa do Benfica a assistir na primeira fila, este jogador ainda foi à recarga e assistiu Lisandro, que começou por obrigar Roberto a uma grande defesa mas depois concluiu mesmo, em cima da linha de golo.
Não fosse o guarda-redes espanhol e o resultado podia ter sido mais avolumado. Com as saídas de Michel Bastos, Gourcuff e Lisandro o Lyon foi desacelerando progressivamente. Jesus foi trocando peças no meio campo (Peixoto, Jara e Salvio renderam Saviola, Aimar e Martins), mas o Benfica nem sequer conseguiu um remate à baliza. Pálida imagem.
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Hoje é para ganhar!
"Já disse que aquela equipa que falhar com o Hapoel é a que vai falhar a qualificação", afirmou Jesus.
O técnico desvalorizou o suposto favoritismo do Lyon dando o exemplo da época passada frente ao Marselha: "O ano passado derrotámos o Marselha aqui em França portanto vencer o Lyon será normal".
Questionado na conferência sobre o modelo de jogo encarnado, Jorge Jesus jogou ao ataque. "Só sabemos jogar de forma aberta. Há poucas equipas a fazer pressão alta como o Benfica. Seja na Luz ou aqui. Vamos fazer tudo para pôr em prática o nosso jogo".
Fábio Coentrão viajou para Lyon mas ainda é uma incógnita para o onze encarnado que subirá ao estádio Gerland amanhã. O internacional português veio tocado da seleção e está em dúvida. "Vamos ver o treino para ter uma ideia mais definitiva da forma do Fábio", garantiu Jesus.
Hoje não se pode repetir a atitude do jogo com o Schalke, temos de entrar sem medo, sem cagança, sem tiques de superioridade, enfim hoje é para jogar á Benfica e ganhar.
CARREGA BENFICA!
18/10/10
Vitórias e Património - Benfica TV
Foi esta segunda-feira apresentado o documentário da Benfica TV “Vitórias e Património”. Em conferência de imprensa, o director do canal de televisão do Clube, Ricardo Palacin, considerou que este vai permitir que as pessoas conheçam melhor a história dos “encarnados”. A estreia acontece esta terça-feira, dia 19 de Outubro, pelas 21h30.
João Gabriel, director de comunicação do Sport Lisboa e Benfica, defendeu que o documentário “é um projecto tão estruturante quanto o centro documental ou o museu”, uma vez que “trata de preservar para memória futura aquilo que é o principal património deste Clube”. “São 156 episódios e é, sem dúvida, o projecto emblemático da Benfica TV”, acrescentou João Gabriel.
Ricardo Palacin, director da Benfica TV, revelou que “o projecto começou a ser construído no arranque do canal”. “Para as gerações mais recentes é, se calhar, difícil entender a grandeza do Clube, e acho que este documentário engrandece a Benfica TV e o Sport Lisboa e Benfica. As pessoas vão ficar a conhecer bem melhor este Clube centenário”, considerou Ricardo Palacin, adiantando que o canal “vai exibir primeiro uma série de 15 episódios”, sendo que o primeiro vai para o ar nesta terça-feira, dia 19 de Outubro, pelas 21h30.
Ricardo Palacin salientou que os telespectadores “vão ver muitos momentos de glória do Sport Lisboa e Benfica”.
Já Bruno Cerveira, da Iniziomédia, destacou, por seu lado, que é um projecto “com uma grande componente de pesquisa”. “Vai ser uma série documental que abarca praticamente todos os estádios da vida do clube nos últimos 100 anos”, salientou ainda Bruno Cerveira.
O documentário “Vitórias e Património” estreia esta terça-feira à noite. Não perca!
Benfica
Nuno Gomes, o adeus
“Vou decidir o meu futuro até julho, mas sinto que ainda tenho capacidade para jogar futebol”, avançou o capitão dos encarnados que soma a sua 12.ª época de águia ao peito.
17/10/10
Carlos Móia, curto e grosso!
O presidente da Fundação Benfica, Carlos Móia, teceu duras críticas ao FC Porto no seu discurso de agradecimento à homenagem de que foi ontem alvo na Casa do Benfica de Ovar, cidade de onde é natural. O empresário, de 64 anos, começou por explicar por que, nascendo tão perto da Invicta, preferiu apoiar a equipa de Lisboa.
“Ser do FC Porto era ser o que o FC Porto era: um clube a fechar-se dentro de uma região, a olhar todo o resto de Portugal como um espaço de inimigos em delírio, de mouros a abater. O Benfica dava-me a imagem oposta: a ilusão de um universo sem limites”, começou Móia por dizer, considerando que se “o FC Porto ganhou mais do que nós, não soube aprender a ganhar o que ganhou.”
Mantendo o mote, o responsável pela fundação encarnada fez uma referência histórica aos tempos da ditadura. “Naquele tempo, ser Benfica era escolher simbolicamente a liberdade. Enquanto os nossos adversários tinham a dirigi-los homens da Legião, deputados da União Nacional, magnatas e burocratas enfeudados no salazarismo, nós, no Benfica, tínhamos presidentes que tinham sido operários e sindicalistas, que tinham sido deportados e perseguidos pela PIDE, que não se resignavam à ditadura, antes pelo contrário”, disse.
E concluiu: “Não, o Benfica nunca foi o clube do regime, foi sempre o clube que o regime teve de suportar a contragosto e de que, depois, se apoderou para, na sua propaganda, lhe parasitar a glória.”
Móia, que recordou o papel da Fundação do Benfica na ajuda às vítimas das cheias na Madeira e na criação de um projeto na Amadora de combate ao absentismo e insucesso escolar, não se furtou ainda a comentar a próxima visita das águias ao Estádio do Dragão.
“Acusaram-nos de sermos ridículos por ameaçarmos não jogar no Dragão se não nos derem condições de segurança. Ridículos? Só assim, levando essa nossa luta para além dos 3 pontos que estão em jogo, poderemos ganhar o que é preciso ganhar: a batalha por um futebol mais respirável, menos subterrâneo. Onde a viagem a um estádio não se transforme na vertigem de uma intifada com meia dúzia de aprendizes de talibãs escondidos a rirem-se dos vidros partidos, dos desaforos, dos insultos, do sangue talvez”, concluiu acusador.
“Ser do FC Porto era ser o que o FC Porto era: um clube a fechar-se dentro de uma região, a olhar todo o resto de Portugal como um espaço de inimigos em delírio, de mouros a abater. O Benfica dava-me a imagem oposta: a ilusão de um universo sem limites”, começou Móia por dizer, considerando que se “o FC Porto ganhou mais do que nós, não soube aprender a ganhar o que ganhou.”
Mantendo o mote, o responsável pela fundação encarnada fez uma referência histórica aos tempos da ditadura. “Naquele tempo, ser Benfica era escolher simbolicamente a liberdade. Enquanto os nossos adversários tinham a dirigi-los homens da Legião, deputados da União Nacional, magnatas e burocratas enfeudados no salazarismo, nós, no Benfica, tínhamos presidentes que tinham sido operários e sindicalistas, que tinham sido deportados e perseguidos pela PIDE, que não se resignavam à ditadura, antes pelo contrário”, disse.
E concluiu: “Não, o Benfica nunca foi o clube do regime, foi sempre o clube que o regime teve de suportar a contragosto e de que, depois, se apoderou para, na sua propaganda, lhe parasitar a glória.”
Móia, que recordou o papel da Fundação do Benfica na ajuda às vítimas das cheias na Madeira e na criação de um projeto na Amadora de combate ao absentismo e insucesso escolar, não se furtou ainda a comentar a próxima visita das águias ao Estádio do Dragão.
“Acusaram-nos de sermos ridículos por ameaçarmos não jogar no Dragão se não nos derem condições de segurança. Ridículos? Só assim, levando essa nossa luta para além dos 3 pontos que estão em jogo, poderemos ganhar o que é preciso ganhar: a batalha por um futebol mais respirável, menos subterrâneo. Onde a viagem a um estádio não se transforme na vertigem de uma intifada com meia dúzia de aprendizes de talibãs escondidos a rirem-se dos vidros partidos, dos desaforos, dos insultos, do sangue talvez”, concluiu acusador.
António Pedro Vasconcelos - Crónica
Leões e Mouros
Perante o silêncio cúmplice com que a Direcção do SCP e a maioria dos comentadores afectos ao clube de Alvalade acompanharam, nestes últimos anos, os castigos do processo do Apito Final e as absolvições do Apito Dourado, muitas vezes me tenho perguntado: será que já não há sportinguistas decentes, que não confundem o RIVAL com o INIMIGO?
Nestes últimos anos, depois de Dias da Cunha ter denunciado o SISTEMA e ter chamado os bois pelos nomes, a cumplicidade com o FCP por parte das direcções que se lhe seguiram (Filipe Soares Franco e, agora, Bettencourt) foi demasiado evidente: o inimigo era o Benfica e tudo o que servisse para atacar o Glorioso era bem-vindo, nem que para isso tivessem que pactuar com a batota e associar-se ao clube cujo presidente se gaba de ter deixado Bettencourt de mão estendida e lhes levou o Ruben Micael, o Moutinho e mesmo o treinador que eles julgavam que iam exibir este ano como um D. Sebastião: o Villas-Boas. E tudo o Porto levou!
A cumplicidade era tão grande que houve quem julgasse que a sigla SCP queria dizer Sporting Clube do Porto! Até ao ano passado, o SCP calou-se: não comentou os escandalosos resultados do Processo, não falou das escutas, pactuou com arbitragens indecentes, porque teve o segundo lugar garantido, e porque alguns sportinguistas sem brilho nem brio preferiam um segundo lugar várias vezes do que um primeiro de vez em quando! Desde que o Benfica ficasse atrás!
Esta cegueira e esta obsessão reduziram o nosso grande rival a um clube de bairro, mergulhado numa crise de onde não se vê como vão sair, condenado a disputar um lugar na Europa ao Braga, ao Vitória de Guimarães ou ao Marítimo.
Mas, desde o ano passado, a coisa ganhou foros de delírio. Perante a evidência de um futebol brilhante, um treinador vitorioso e uma equipa confiante e ganhadora, que passeava a sua superioridade e sua classe pelos relvados, e que, sem batota, teria deixado os outros clubes muitos pontos atrás, era preciso arrasar o RIVAL, apoiando a vergonhosa campanha do FCP, matraqueada todos os dias com mentiras repetidas sobre os túneis e o andor, e que, à falta de argumentos, ressuscitava a indecorosa campanha contra o Calabote e reeditava a caluniosa campanha do “Clube do Regime”!
Nos tempos da Guerra Fria, os comunistas chamavam, com desprezo, aos que os apoiavam sem pedir nada em troca os “Idiotas úteis”.
E, desde o ano passado, houve comentadores que se prestaram miseravelmente a essa vassalagem. Ora, de há umas semanas para cá, quiçá por efeito da divulgação das novas escutas, houve alguns sportinguistas que acordaram e devolveram a decência à instituição: foi o caso do Jorge Gabriel, do Daniel Oliveira, do Alfredo Barroso e do José Diogo Quintela, que assinaram nos jornais e proclamaram na rádio que as escutas os indignavam e que, ao contrário do que outros vendem, a equipa do Sporting também foi prejudicada por arbitragens viciadas que a afastaram do título em épocas recentes. Aleluia!
É tempo de os sportinguistas, mesmo que a sua Direcção se cale, perceberem que só poderão voltar a ser um grande clube quando a VERDADE DESPORTIVA voltar ao futebol, e isso implica aliar-se ao Benfica na luta pela independência dos órgãos que irão superintender à Arbitragem e à Disciplina e à decência dos seus membros, na próxima estrutura da Federação!
Sem isso, os nossos clubes vão continuar a ter que redobrar o esforço desportivo e financeiro para ganhar no campo contra todas as forças que, dentro e fora dele (a violência à volta dos estádios, os corredores do poder, os túneis, o apito e as bandeirinhas) fazem todos os possíveis para incendiar Lisboa e manter o poder no Norte.
ACORDEM LEÕES! OU SERÁ QUE ACHAM QUE, PARA ELES, VOCÊS NÃO SÃO MOUROS?!
APV
16/10/10
Benfica 5 Arouca 1 - Taça de Portugal
O Benfica qualificou-se este sábado para a 4.ª eliminatória da Taça de Portugal, ao vencer em casa o Arouca, da II Liga, por 5-1. Foi uma partida em que o avançado brasileiro Alan Kardec apontou dois golos.
Com as ausências de Maxi Pereira, David Luiz e Fábio Coentrão, o treinador Jorge Jesus apresentou três alterações no sector mais recuado, sendo que o principal destaque vai para a entrada de Airton para o lado direito da defesa.
Foi um início de jogo onde o Benfica esbarrou na estratégia defensiva do Arouca. Por isso, o primeiro lance de perigo aconteceu na cobrança de um canto de Pablo Aimar, ao qual Luisão surgiu a cabecear ao lado da baliza dos visitantes (14').
O golo do Benfica acabou por acontecer numa belíssima jogada de envolvimento. Salvio desmarcou Gaitán e este entrou na área do Arouca, onde cruzou para o cabeceamento certeiro do brasileiro Kardec (23’).
O segundo tento não demorou muito tempo a surgir no Estádio da Luz. Após um livre de Aimar do lado esquerdo, Airton apareceu nas alturas a cabecear ao poste, sendo que a bola sobrou depois para Saviola que fez, facilmente, o 2-0 (31’).
Com dois golos sofridos, o Arouca começou a não estar tão coeso em termos defensivos e o Benfica intensificou ainda mais o seu domínio de jogo. Depois dos remates ameaçadores de Javi Garcia (35’) e César Peixoto (41’), o Benfica chegou ao terceiro golo por intermédio de Kardec. Após um canto de Gaitán, o brasileiro apareceu a cabecear com êxito à boca da baliza (44’).
Com um jogo muito importante na próxima quarta-feira frente ao Lyon, o Benfica optou e bem por gerir o esforço durante a segunda parte do encontro. O próprio treinador Jorge Jesus retirou os jogadores com mais minutos na presente temporada, de forma a equipa estar na máxima força no jogo da 3.ª jornada da Liga dos Campeões.
Apesar das alterações, o Benfica continuou naturalmente a ser a equipa mais perigosa no terreno de jogo. Os “encarnados” marcaram mais dois golos, um por intermédio de um cabeceamento de Luisão (65’) e outro num remate de Gaitán (85’). O tento de honra dos visitantes foi apontado por Diogo aos 87 minutos.
Com cerca de 24 mil espectadores nas bancadas, o Benfica carimbou facilmente a passagem à próxima eliminatória da Taça de Portugal.
O Benfica alinhou da seguinte forma: Júlio César; Airton, Luisão, Sidnei e César Peixoto; Javi Garcia (Luís Filipe, 45’), Aimar (Nuno Gomes, 68’), Gaitán e Salvio; Saviola (Weldon, 61’) e Kardec.
Benfica
Com as ausências de Maxi Pereira, David Luiz e Fábio Coentrão, o treinador Jorge Jesus apresentou três alterações no sector mais recuado, sendo que o principal destaque vai para a entrada de Airton para o lado direito da defesa.
Foi um início de jogo onde o Benfica esbarrou na estratégia defensiva do Arouca. Por isso, o primeiro lance de perigo aconteceu na cobrança de um canto de Pablo Aimar, ao qual Luisão surgiu a cabecear ao lado da baliza dos visitantes (14').
O golo do Benfica acabou por acontecer numa belíssima jogada de envolvimento. Salvio desmarcou Gaitán e este entrou na área do Arouca, onde cruzou para o cabeceamento certeiro do brasileiro Kardec (23’).
O segundo tento não demorou muito tempo a surgir no Estádio da Luz. Após um livre de Aimar do lado esquerdo, Airton apareceu nas alturas a cabecear ao poste, sendo que a bola sobrou depois para Saviola que fez, facilmente, o 2-0 (31’).
Com dois golos sofridos, o Arouca começou a não estar tão coeso em termos defensivos e o Benfica intensificou ainda mais o seu domínio de jogo. Depois dos remates ameaçadores de Javi Garcia (35’) e César Peixoto (41’), o Benfica chegou ao terceiro golo por intermédio de Kardec. Após um canto de Gaitán, o brasileiro apareceu a cabecear com êxito à boca da baliza (44’).
Com um jogo muito importante na próxima quarta-feira frente ao Lyon, o Benfica optou e bem por gerir o esforço durante a segunda parte do encontro. O próprio treinador Jorge Jesus retirou os jogadores com mais minutos na presente temporada, de forma a equipa estar na máxima força no jogo da 3.ª jornada da Liga dos Campeões.
Apesar das alterações, o Benfica continuou naturalmente a ser a equipa mais perigosa no terreno de jogo. Os “encarnados” marcaram mais dois golos, um por intermédio de um cabeceamento de Luisão (65’) e outro num remate de Gaitán (85’). O tento de honra dos visitantes foi apontado por Diogo aos 87 minutos.
Com cerca de 24 mil espectadores nas bancadas, o Benfica carimbou facilmente a passagem à próxima eliminatória da Taça de Portugal.
O Benfica alinhou da seguinte forma: Júlio César; Airton, Luisão, Sidnei e César Peixoto; Javi Garcia (Luís Filipe, 45’), Aimar (Nuno Gomes, 68’), Gaitán e Salvio; Saviola (Weldon, 61’) e Kardec.
Benfica
Taça de Portugal - Recordação
Estar no Jamor e ver o Benfica ganhar a Taça de Portugal! É este o desejo de todos os Benfiquistas!
Queremos estar na final, mas para isso é preciso encarar todos os jogos da mesma maneira, seja com o Arouca ou com o Porto não é para facilitar é para ganhar!
Jamor rima com familia, festa, febras e couratos, sol, enfim tudo isto rima com Benfica, quem já teve opurtunidade de estar no Jamor sabe o que isto é. Por tudo isto e muito mais, espero por ti em Maio no Jamor, ok Benfica?
RAP - Crónica
Batotas que temos como evidentes
“A Constituição americana – até hoje considerada como um dos melhores textos jurídicos jamais escritos - enumera o que os Founding Fathers chamaram de «verdades que temos como evidentes». “
Miguel Sousa Tavares, A Bola, 12 de outubro de 2010
Aparentemente, há juristas que lêem a Constituição americana sem o cuidado que é devido a um dos melhores textos jurídicos jamais escritos. Na verdade, não é a Constituição americana que enumera aquilo a que os Founding Fathers chamaram verdades que temos como evidentes. Essas são enumeradas na Declaração de Independência, que foi escrita uma boa década antes da Constituição. É, então, na Declaração de Independência que os chamados países fundadores dos Estados Unidos expõem as verdades que consideram evidentes: que todos os homens são criados iguais, que são dotados pelo Criador de certos direitos inalienáveis, e que entre esses direitos se contam o direito à vida, à liberdade e à busca da felicidade. Uma das verdades que não é evidente, quer para a Constituição, quer para a Declaração de Independência, é que os cidadãos tenham o direito inalienável de não serem escutados. Como é evidente, todos os cidadãos têm o direito à privacidade - mas esse direito não é absoluto. E a magnífica lei americana permite o uso das escutas como meio de investigação, assim como a lei portuguesa. Que horror! Mas não era a PIDE que também escutava? Era. Se bem me lembro, a PIDE também prendia e, apesar disso, no regime democrático há quem continue a ir preso. A diferença é simples, mas parece que é difícil de entender: a PIDE escutava e prendia arbitrária e ilegitimamente, como é próprio das polícias políticas das ditaduras; a polícia das democracias escuta e prende justificada e legitimamente, como é próprio do Estado de direito democrático. O mais intrigante, no caso das escutas do Apito Dourado, é o facto de haver discussão quando, afinal, estamos todos de acordo. Por exemplo, estou de acordo com Miguel Sousa Tavares quando, depois de José Sócrates lhe ter dito que não devíamos conhecer o conteúdo das escutas do processo Face Oculta, respondeu: “Mas conhecemos. Eu também acho que não devíamos conhecer, mas conhecemos. E, uma vez que as conhecemos, não podemos fingir que não conhecemos. Eu, pelo menos, não posso”. (http://www.youtube.com/watch?v=RlWI8t7JY6Y&t=08m07s).
E estou de acordo com Rui Moreira, quando ontem confessou aqui a razão pela qual comentou as escutas que envolviam o nome de José Sócrates: «(...) limitei-me a não ignorar o que era público, ainda que resultasse de uma ilegalidade. Ninguém se pode alhear do que é público e das suas consequências». A única diferença é que eu tenho essa opinião relativamente a todas as escutas, e não em relação a todas menos as do Apito Dourado. Também acho que não devíamos conhecer a escuta em que Pinto da Costa combina com António Araújo oferecer fruta para dormir ao JP, mas conhecemos. E, uma vez que a conhecemos, não podemos fingir que não conhecemos.
Eu, pelo menos, não posso. Quando comento a escuta em que Pinto da Costa dá indicações a um árbitro para que vá a sua casa nas vésperas de um jogo, limito-me a não ignorar o que é público, ainda que resulte de urna ilegalidade. Até porque ninguém se pode alhear do que é público e das suas consequências. Além disso, note-se, até concordo com MST quando diz que as escutas vieram a público nesta altura por causa do Porto-Benfica. O objectivo é prejudicar o Benfica: os jogadores que tiverem conhecimento das escutas ficam a saber que, por mais que se esforcem, se o árbitro estiver trabalhado não têm hipóteses de ganhar. Desmoraliza qualquer um.
Rui Moreira desfez-se em explicações para justificar que comentar umas escutas é um acto legítimo e comentar outras é uma vileza sem nome. Agora que foi despedido, talvez Rui Moreira tenha mais tempo livre para entrar num negócio que gostaria de lhe propor: formarmos um circo. Como ele já aqui tem sugerido várias vezes, eu seria, evidentemente, o palhaço. Ele seria o contorcionista. Não são muitos os artistas que se podem gabar de ter um número tão bom como o dele. A única maneira de Rui Moreira e MST comentarem uma escuta de Pinto da Costa é o presidente do Porto ser apanhado numa conversa telefónica com José Sócrates. Mesmo assim, suponho que fizessem um comentário misto, debruçando-se apenas sobre intervenções de Sócrates: “Esta intervenção de Sócrates reforça a nossa desconfiança nele. Agora temos uma parte do telefonema que não devíamos conhecer e temos nojo de quem a comenta. Agora está Sócrates novamente a fragilizar a sua credibilidade. E agora temos mais uma parte da conversa que é indigno estarmos a ouvir”.
Umas coisas são picardias maliciosas, típicas do mundo do futebol; outra, bem diferente, são ofensas. E Villas Boas ofendeu-me gravemente numa conferência de imprensa que deu esta semana. Disse que as minhas crónicas eram as únicas que gostava de ler porque eu o fazia rir. Sinceramente, creio que não merecia o insulto. Todas as semanas faço aqui o melhor que posso para provocar Villas Boas. Já recorri a tudo: sarcasmo, ironia, escárnio, simples sacanice. E Villas Boas tem a repugnante nobreza de carácter, o asqueroso desportivismo de achar graça. Para ele, se bem percebo, isto do futebol é a coisa mais importante do mundo para todos, mas no fim acaba por ser um jogo de que nos podemos rir juntos, seja qual for o nosso clube. Simplesmente infame. Exijo que passe a ter o fair-play de um Rui Moreira, que gosta muito de piadas desde que não sejam sobre ele. Obrigado.
Ricardo Araujo Pereira, 16 de Outubro in Jornal A Bola (Apanhados Quânticos)
15/10/10
Bilhetes para o dragão - Justificação
"O jogo do Porto é o único que não cumpre os pressupostos em que assentou o pedido dos órgãos sociais. O FC Porto, com esta direção, nunca se baterá pela verdade desportiva", disse hoje à agência Lusa uma fonte do Benfica.
Uma fonte do FC Porto revelou à Lusa que o Benfica pediu hoje ao clube portuense 2.500 bilhetes e 100 lugares VIP para o encontro entre as duas equipas, a disputar a 7 de novembro no Estádio do Dragão.
A 13 de setembro, o Benfica lançou um apelo aos adeptos, para que se abstivessem de assistir aos jogos de futebol do clube fora do Estádio da Luz, numa declaração lida pelo presidente da Assembleia-Geral, Luís Nazaré, no final de um plenário de todos os órgãos sociais.
A fonte do Benfica acrescentou que a decisão de requerer os bilhetes surgiu na sequência da conferência de imprensa de quinta-feira do treinador do FC Porto, na qual André Villas-Boas voltou a tecer críticas aos dirigentes encarnados.
"Depois de assistirmos, na conferência de imprensa de ontem, a mais uma manifestação de benfiquismo do senhor Villas-Boas - aliás, não há uma única conferência de imprensa em que este não fale do Benfica -, decidimos pedir os bilhetes e retribuir-lhe tamanho entusiasmo", afirmou a fonte.
A reação dos órgãos sociais do Benfica surgiu na sequência da visita da equipa lisboeta a Guimarães, encontro no qual o campeão português considerou ter sido prejudicado pelo árbitro Olegário Benquerença.
Recentemente, o presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira, reiterou esse apelo em carta dirigida aos sócios e esta é a primeira vez em que o clube da Luz pede os bilhetes a que regulamentarmente tem direito para um jogo fora de casa desde o início do boicote.
O Portimonense, próximo adversário dos campeões nacionais para a Liga, confirmou esta semana que o Benfica não requisitou qualquer ingresso para o jogo de 24 de outubro no Estádio do Algarve, o que já tinha acontecido na visita ao Marítimo, na sétima jornada da Liga.
Record
14/10/10
"A Taça já nos falha há alguns anos"
O dirigente do Benfica realçou, esta quinta-feira, a importância de «tentar ganhar» a Taça de Portugal, visto que é um objectivo que tem «falhado há alguns anos».
«A Taça de Portugal é uma prova importante. O Benfica está nela para tentar ganhar, e já nos falha há alguns anos. O facto de o Arouca ser de outra divisão e não ter expressão no futebol português não nos fará faltar ao respeito pelo adversário», afirmou Rui Costa, em declarações à Benfica TV.
O dirigente do Benfica também considerou que o interregno no campeonato, por causa dos jogos da Selecção Nacional, foi benéfico para o clube: «Esta paragem forçada de jogos, por causa das selecções, servirá para voltarmos ao nosso ritmo! Servirá para reencaminharmos outra vez a época no sentido que queremos. Jogaremos com a maior determinação, como se tivéssemos um superadversário pela frente.»
A Bola
10/10/10
Miguel Góis - Crónica
Rui e André
Recentemente, até os mais renitentes adeptos do FC Porto começaram a ter razões para acreditar que o futebol português é um caso de polícia. Na segunda à noite, foi uma grande penalidade que não apareceu. Na terça à noite, foi um comentador que desapareceu. Do ponto de vista dos protagonistas, o descontrolo emocional adquiriu diferentes contornos: enquanto André Villas-Boas queria falar de uma coisa que não aconteceu (costuma-se dizer, e agora confirma-se, que os mais novos têm muita imaginação), Rui Moreira recusava-se a falar de uma coisa que aconteceu.
Em termos comparativos, o pungente pedido do técnico do FC Porto à TVI é mais maquiavélico. Procurar um penálti não assinalado contra o FC Porto é uma tarefa para a qual basta um estagiário. Já mandar um estagiário procurar um penálti não assinalado a favor do FC Porto não é uma tarefa, é uma praxe: é a caça ao gambozino dos tempos modernos.
Seja como for, Rui Moreira venceu André Villas-Boas no capítulo da ambivalência. Por um lado, é contra a prática pidesca das escutas; por outro, é a favor da prática pidesca de tentar condicionar os assuntos sobre os quais os outros querem falar. Mas desdramatizemos: sem Rui Moreira, “Trio D’Ataque” melhorou substancialmente. Se Rui Oliveira e Costa também tivesse abandonado o estúdio, aí então teria sido um programa genial. Mas compreendo que tenha que ficar alguém para defender o ponto de vista do FC Porto. E não só: Rui Oliveira e Costa representa também no programa um terceiro grupo, o dos portugueses sem qualquer tipo de escolaridade: quando, por exemplo, se dirige ao moderador para lhe dizer “explicitastes claramente” e “fostes exemplar”. Enfim, as coisas são o que são. Uma laranjeira não dá nêsperas.
Record
09/10/10
A casa dos labregos
Se ainda não souberes, descobre o segredo de cada um dos concorrentes.
Dica - Não foi o Secretário que teve mais de 250 relacionamentos com árbitros ok?
APV - Resposta
Caros amigos,
Fico subjugado com tantos comentários. Na verdade, eu não fiz nada de extraordinário: limitei-me a dizer aquilo que qualquer pessoa de bem pensa, perante escutas que foram, na altura, devidamente autorizadas por um juiz de instrução e que, inexplicavelmente (a não ser por intervenção de forças exeriores à justiça) não foram tidas em conta pelos tribunais civis e levaram à absolvição de todos os arguidos.
Ao contrário do que se passou na Justiça Desportiva, que agiu em conformidade com a Lei e o Estado de Direito (os arguidos, perante os indícios de crime, foram acusados por um instrutor e julgados pela Comissão de Disciplina, com direito a defesa e prova, para que se respeitasse o exercício do contraditório, e foram punidos dentro do que a moldura penal permitia), os tribunais civis desvalorizaram as escutas e o testemunho de Carolina Salgado e ilibaram os acusados.
O país inteiro que se interessa por futebol e que não está de má-fé, ouviu e confirmou o que há muito se suspeitava: que, durante anos, houve batota no futebol português e a intervenção ilegítima de um clube - o F.C. Porto - sobre a arbitragem e a disciplina.
Sou benfiquista desde que me fiz à vida, os meus filhos e netos são benfiquistas; e, para além da paixão clubista, que é irracional e inexplicável, o que o Benfica representa para mim, para além de festejar as vitórias e sofrer com as derrotas, é o exemplo como clube: um clube onde sempre houve eleições, um clube popular mas que atravessa todas as classes sociais, que tem adeptos em todos os países e em todos os cantos do Globo, que sempre foi um exemplo de democracia e de liberdade, e que soube correr a tempo com os que quiseram desviá-lo dos seus princípios, como foi o caso, de má memória, de Vale e Azevedo.
Uma coisa eu tenho por certa, e por isso me surpreende e me indigna a atitude dos que condenam a divulgação das escutas e não o que lá se ouve: se, algum dia, um presidente do meu clube ou alguém em seu nome, dissesse ou fizesse metade do que se sabe agora que foi dito e feito pelo presidente do F.C. Porto e pela sua entourage, eu pedia a sua demissão e não descansava enquanto ele não se demitisse.
E a razão porque me orgulho de ser benfiquista, é que tenho a certeza que a esmagadora maioria dos benfiquistas pensa e faria como eu. Assim como sei que nunca, por mais razões que tivesse para isso, o Benfica se comportaria como alguns adeptos do F.C Porto (friso o "alguns", porque conheço imensos portistas do Norte, que são gente de bem, cordata e pacífica), que agem perante o silêncio e mesmo a cumplicidade dos seus dirigentes, se comportaram nestes últimos anos e continuam a comportar, quando o Benfica vai jogar à sua cidade. E se os imitassem, estou certo que seriam repudiados pela direcção e pela maioria dos benfiquistas.
É isso que nos distingue, e é por isso que o Glorioso é, para mim e para os meus filhos e netos, uma paixão e um exemplo.
Saudações benfiquistas.
A-PV
Master Groove
Fico subjugado com tantos comentários. Na verdade, eu não fiz nada de extraordinário: limitei-me a dizer aquilo que qualquer pessoa de bem pensa, perante escutas que foram, na altura, devidamente autorizadas por um juiz de instrução e que, inexplicavelmente (a não ser por intervenção de forças exeriores à justiça) não foram tidas em conta pelos tribunais civis e levaram à absolvição de todos os arguidos.
Ao contrário do que se passou na Justiça Desportiva, que agiu em conformidade com a Lei e o Estado de Direito (os arguidos, perante os indícios de crime, foram acusados por um instrutor e julgados pela Comissão de Disciplina, com direito a defesa e prova, para que se respeitasse o exercício do contraditório, e foram punidos dentro do que a moldura penal permitia), os tribunais civis desvalorizaram as escutas e o testemunho de Carolina Salgado e ilibaram os acusados.
O país inteiro que se interessa por futebol e que não está de má-fé, ouviu e confirmou o que há muito se suspeitava: que, durante anos, houve batota no futebol português e a intervenção ilegítima de um clube - o F.C. Porto - sobre a arbitragem e a disciplina.
Sou benfiquista desde que me fiz à vida, os meus filhos e netos são benfiquistas; e, para além da paixão clubista, que é irracional e inexplicável, o que o Benfica representa para mim, para além de festejar as vitórias e sofrer com as derrotas, é o exemplo como clube: um clube onde sempre houve eleições, um clube popular mas que atravessa todas as classes sociais, que tem adeptos em todos os países e em todos os cantos do Globo, que sempre foi um exemplo de democracia e de liberdade, e que soube correr a tempo com os que quiseram desviá-lo dos seus princípios, como foi o caso, de má memória, de Vale e Azevedo.
Uma coisa eu tenho por certa, e por isso me surpreende e me indigna a atitude dos que condenam a divulgação das escutas e não o que lá se ouve: se, algum dia, um presidente do meu clube ou alguém em seu nome, dissesse ou fizesse metade do que se sabe agora que foi dito e feito pelo presidente do F.C. Porto e pela sua entourage, eu pedia a sua demissão e não descansava enquanto ele não se demitisse.
E a razão porque me orgulho de ser benfiquista, é que tenho a certeza que a esmagadora maioria dos benfiquistas pensa e faria como eu. Assim como sei que nunca, por mais razões que tivesse para isso, o Benfica se comportaria como alguns adeptos do F.C Porto (friso o "alguns", porque conheço imensos portistas do Norte, que são gente de bem, cordata e pacífica), que agem perante o silêncio e mesmo a cumplicidade dos seus dirigentes, se comportaram nestes últimos anos e continuam a comportar, quando o Benfica vai jogar à sua cidade. E se os imitassem, estou certo que seriam repudiados pela direcção e pela maioria dos benfiquistas.
É isso que nos distingue, e é por isso que o Glorioso é, para mim e para os meus filhos e netos, uma paixão e um exemplo.
Saudações benfiquistas.
A-PV
Master Groove
RAP - Crónica
António Araújo e judeus do século XVII: vítimas diferentes, a mesma ignomínia
Embora quase ninguém tenha dado por isso, há cerca de dois meses foi cometido um crime nestas mesmas páginas. Não é segredo para ninguém que a divulgação do conteúdo das escutas é proibida. Ora, quando usou a expressão o João pode ser o João, Rui Moreira estava, como se sabe, a citar propositadamente uma escuta em que intervém o presidente do Benfica, publicitando o seu conteúdo. Trata-se de um comportamento completamente inaceitável e extremamente pidesco. E vice-versa. Pela minha parte, devo dizer que não participo em autos de fé, e não posso continuar a colaborar passivamente num jornal que se transforma num auto de fé. Não tenho, por isso, outra alternativa senão abandonar esta crónica durante dois parágrafos.
Creio que a minha posição ficou clara, e espero que esta atitude simbólica contribua para moralizar o debate futebolístico e o próprio mundo em geral. Lamento ter chegado a este ponto, mas o caso é mais grave do que parece: Rui Moreira é reincidente neste tipo de conduta vergonhosa. No dia 26 de Fevereiro de 2010, o jornal i colocou a várias personalidades a seguinte pergunta: Depois dos episódios recentes relacionados com as escutas e o caso Face Oculta, mantém a confiança no primeiro-ministro? A resposta de Rui Moreira foi: «O primeiro- ministro tem que ser um factor de confiança perante o exterior e agora acho que passou a ser um factor de desconfiança perante o exterior». Sei que o leitor está tão chocado como eu. Rui Moreira não faz qualquer comparação entre a Santa Inquisição e as escutas (que todos os historiadores acham parecidíssimas), não condena os bandidos que as publicaram, nem se demarca da porcaria, da canalhice e da insídia. Não só conhece as escutas corno as comenta, tendo mesmo o descaramento de tirar conclusões com base no seu conteúdo. Repugnante. Quando é que esta gente compreende que, nisto das escutas, tudo é indigno (menos o que lá é dito)?
Entretanto, parece que houve problemas no Trio d'Ataque, da RTPN. Não costumo assistir mas, ao que me disseram, um dos representantes do Porto no programa abandonou o estúdio — o que acabou por beneficiar o clube. Segundo ouvi dizer, a cadeira vazia teve, no resto do debate, uma postura mais sensata e digna do que o seu ocupante habitual costuma ter. Até nisto têm sorte, os portistas. Evidentemente satisfeitos com a nova representação, os responsáveis da SAD do Porto emitiram um comunicado no qual afirmam que o clube «não apoiará qualquer sócio ou adepto que venha a ser enquadrado como representante do clube, nem lhe prestará qualquer tipo de informação, pelo que todas as suas posições serão sempre pessoais» Na tentativa de manter a excelente cadeira como representante, o Porto decreta um blackout preventivo a um possível futuro comentador. Percebo a intenção, mas gostava que a RTPN arranjasse um substituto. Sem desprimor para os porta-vozes oficiais, seria refrescante ver um comentador do Porto cujas posições fossem, desta vez, sempre pessoais.
OS adeptos de futebol assistiram , na semana que passou, a um fenómeno meteorológico interessante. Todos conhecia mos o fogo-de-santelmo, uma luz provocada por descargas eléctricas na atmosfera, observada frequentemente pelos marinheiros. Parece mesmo fogo, mas não é. «Vi claramente visto o lume vivo», diz Camões n’Os Lusíadas. Esta semana, Portugal conheceu o penalty de Santeimo. Vi claramente visto o penalti nítido, teria dito o poeta, se tivesse escrito a epopeia do futebol português (e em hendecassílabos). De facto, na segunda- feira, o penalty era claríssimo. «São muitos dos meus jogadores a dizerem que é demasiado claro», declarou Villas-Boas. Apelou a que toda a gente metesse pressão na TVI para mostrar as imagens que, por capricho ou conspiração, se recusava a transmitir. «77:53!», bradava o director de comunicação, sem que se percebesse ao certo se estava a indicar um minuto do jogo ou um versículo da Bíblia que anunciava que o fim estava próximo para todos os que não vissem o penalty. As imagens, por manifesta má vontade, é que teimavam em não mostrar nada. Passou um dia. Deve ter havido reuniões. Que fazer? Atacar a credibilidade das imagens? Se as escutas não podem ser aceites como meio de prova, era o que faltava que as imagens pudessem sê-lo. Não, está muito visto. Não havia alternativa: era mesmo preciso fazer um mea culpa. Afinal, 24 horas depois, as buscas terminaram e o penalty não apareceu. O que era claríssimo passou a inexistente. Pois bem, devo dizer que não concordo. Na minha opinião, André Villas-Boas tinha razão na segunda-feira à noite. O lance que ocorre aos 77 minutos e 53 segundos do Guimarães - Porto é mesmo penalty. Trata se de uma jogada em que nenhum jogador adversário comete qualquer infracção às leis do jogo. Normalmente, é o que basta para ser penalty a favor do Porto. Há jurisprudência neste sentido. As regras do futebol são uma coisa, a tradição é outra. Um jogo em que o árbitro se limita a perdoar um penalty ao Porto e a protelar a expulsão do Fucile durante vários minutos continua a ser um escândalo, e não há imagens que me convençam do contrário.
No final do jogo, nem todas as declarações foram absurdas. «Vou ficar atento para saber se este árbitro vai de férias», avisou Pinto da Costa. Ora até que enfim. Não foi precisamente por falta de atenção às férias dos árbitros que certas facturas da Cosmos que foram pagas por engano? Pode ser que alguma coisa esteja a mudar.
Ricardo Araujo Pereira, 9 de Outubro in Jornal A Bola (Apanhados Quânticos)
Comunicado SLB
A verdade da mentira
Em reacção à entrevista do Presidente do Sport Lisboa e Benfica, Luís Filipe Vieira, à Antena 1, o sr. Pinto de Sousa – arguido do processo Apito Dourado – reagiu em comunicado enviado para as redacções dos principais jornais diários.
Como o mesmo contém algumas incorrecções, outras falsidades e outros tantos lapsos de memória, o Sport Lisboa e Benfica vem esclarecer que:
a) O senhor Pinto de Sousa está ligado a um dos períodos mais negros do futebol português, em que o tráfico de influencias, a corrupção e o compadrio foram prática corrente aceite e promovida por alguns dos principais responsáveis do nosso futebol.
b) O facto da justiça ainda não ter condenado o sr. Pinto de Sousa não significa que ele seja inocente. As provas existem, a sua evidência é indesmentível e só um formalismo jurídico ainda não permitiu a sua condenação. É bom recordar que o processo não terminou, está pendente de recurso no tribunal da Relação.
c) O Presidente do Sport Lisboa e Benfica – ao contrário do que foi afirmado pelo senhor Pinto de Sousa – não almoçou com ele “diversas vezes”, jantou duas, a pedido de um amigo comum e – facto relevante – antes de serem conhecidos os contornos e o envolvimento do senhor Pinto de Sousa no Processo Apito Dourado.
d) A verdade nunca pode ser considerada uma manobra de diversão, e só pela cumplicidade de alguns agentes judiciais é que a justiça ignorou a evidência das provas, como bem recentemente ficou provado.
e) O Sport Lisboa e Benfica, efectivamente, nada tem a ver com as amizades do Senhor Pinto de Sousa, mas tem a ver com a transparência e a verdade no futebol português e o facto deste ter voltado a contactar árbitros no activo e a movimentar-se para colocar o senhor Paulo Costa como presidente do futuro Conselho de Arbitragem da FPF. Sinal preocupante de que há quem queira que as velhas práticas voltem a fazer parte do nosso quotidiano.
f) Já agora, e como a memória é curta, convém lembrar que foi o senhor Pinto de Sousa que quis impor – seguramente por indicação de alguém – o senhor Martins dos Santos para a final da Taça de Portugal da época 2003/2004.
g) O senhor Pinto de Sousa pode ainda não ter sido condenado pela justiça, mas não é por isso que voltou a fazer parte dos homens sérios deste país.
07/10/10
Entrevista LFV
Saída de Jogadores - O presidente dos encarnados garante que nenhuma das jóias da coroa sairá do Benfica até final da temporada. Confiando na revalidação do título, o principal objectivo em 2010/11, Vieira promete resistir a eventuais ofensivas dos tubarões na reabertura do mercado, em Janeiro.
“Não sai ninguém, nem Coentrão. Nenhum daqueles jogadores que são cobiçados no mercado internacional sairá esta época”, torna claro o líder da SAD benfiquista, na entrevista à Antena 1, na qual passa em revista a actualidade encarnada e do futebol português.
O Benfica tem em marcha um plano de renovação de contratos com os principais elementos do plantel. Fábio Coentrão já prolongou a ligação ao emblema das águias até 2016, apesar de a cláusula de rescisão manter-se nos 30 milhões de euros. Outros estão em fila de espera: Maxi Pereira, Luisão e David Luiz
Quanto a reforços, os lisboetas asseguraram cinco no verão: Roberto, Fábio Faria, Gaitán, Salvio e Jara. Vieira considera que os encarnados não necessitam de ir ao mercado em Janeiro, no sentido de apetrechar o grupo às ordens de Jorge Jesus. No entanto, também esclarece que o reforço do plantel dependerá do entendimento do técnico.
Deslocação ao Dragão - "Peço a Deus que não nos apedrejem o autocarro, senão podem ter uma surpresa muito grande."
A equipa encarnada esteve reunida na semana passada com o ministro da Administração Interna, Rui Pereira, com o objectivo de o sensibilizar para os problemas que a equipa tem encontrado nas deslocações ao Porto.
Luís Filipe Vieira, que garantiu que Rui Pereira "tem a mesma preocupação" que o Benfica, negou ter como alvo os adeptos dos Dragões:
"Não vamos confundir as pessoas do Porto e os adeptos do Porto com um bando de malfeitores, que de uma forma cobarde se entretêm a apedrejar o nosso autocarro. Os adeptos do Porto, como os adeptos do Benfica, gostam de futebol e o futebol não é isso."
O dirigente passou a bola às forças de segurança, de quem afirma ser a responsabilidade de garantir a tranquila deslocação da equipa ao Porto:
"Não vamos dizer a que horas vamos sair, porque estamos num país livre, a partir daí, o autocarro sai, o problema passa a não ser nosso, mas de quem tem de fazer segurança ao Benfica."
Apito Dourado - O presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira, comentou, em entrevista à "Antena 1", as novas escutas telefónicas relativas ao processo Apito Dourado, que foram publicadas no "YouTube" no sábado.
Para o dirigente encarnado, a justiça, "com a cumplicidade de alguns juízes, ajudou criar uma ideia de impunidade que algumas pessoas têm no futebol português", as quais já começam a ter a "tentação de voltarem a movimentar-se da mesma forma", devido à ausência de castigo.
Luís Filipe Vieira faz especial alusão a Pinto de Sousa, antigo presidente do Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol, que "anda a jantar e a almoçar com muitos árbitros novamente."
Para o presidente das águias, "é claro como a água que todas as práticas de que eram acusados aconteceram", e não poupou críticas à falta de actuação do sistema judicial.
"É caso para dizer que a Justiça faltou à verdade, ou que a Justiça branqueou a verdade", disse.
Vilas Boas - Luís Filipe Vieira, presidente do Benfica, irónico para Villas Boas. Erros de Xistra em Guimarães, sim... em prejuízo do Vitória.
Coberto de razão ao criticar a arbitragem do albicastrense Carlos Xistra no embate de segunda-feira, na cidade-berço estava André Villas Boas. Esta a opinião de Luís Filipe Vieira, que, em entrevista à Antena 1, usou de ironia para concordar com o técnico portista a propósito do V. Guimarães-FC Porto, ao mesmo tempo que aproveitou para questionar a razão de um facto desta Liga: o não assinalar de grandes penalidades desfavoráveis aos dragões e favoráveis à águia.
«Tem toda a razão o sr. Villas Boas ao criticar a arbitragem. Houve erros gravíssimos, nomeadamente um penalti que ficou por marcar, a favor do V. Guimarães. Aliás, o V. Guimarães tem razões de queixa mais do que suficientes da arbitragem, é natural que estejam insatisfeitos. Aliás, neste Campeonato já toda a gente se apercebeu que, contra o FC Porto não se marcam penaltis e a favor do Benfica também não! É algo que parece que está instalado na arbitragem. Agora não sei quem é que informou o Sr. Villas Boas sobre esse mesmo penalty. O que não tenho dúvidas é que passou por uma situação ridícula e caricata», afirmou o presidente do Benfica.
“Não sai ninguém, nem Coentrão. Nenhum daqueles jogadores que são cobiçados no mercado internacional sairá esta época”, torna claro o líder da SAD benfiquista, na entrevista à Antena 1, na qual passa em revista a actualidade encarnada e do futebol português.
O Benfica tem em marcha um plano de renovação de contratos com os principais elementos do plantel. Fábio Coentrão já prolongou a ligação ao emblema das águias até 2016, apesar de a cláusula de rescisão manter-se nos 30 milhões de euros. Outros estão em fila de espera: Maxi Pereira, Luisão e David Luiz
Quanto a reforços, os lisboetas asseguraram cinco no verão: Roberto, Fábio Faria, Gaitán, Salvio e Jara. Vieira considera que os encarnados não necessitam de ir ao mercado em Janeiro, no sentido de apetrechar o grupo às ordens de Jorge Jesus. No entanto, também esclarece que o reforço do plantel dependerá do entendimento do técnico.
Deslocação ao Dragão - "Peço a Deus que não nos apedrejem o autocarro, senão podem ter uma surpresa muito grande."
A equipa encarnada esteve reunida na semana passada com o ministro da Administração Interna, Rui Pereira, com o objectivo de o sensibilizar para os problemas que a equipa tem encontrado nas deslocações ao Porto.
Luís Filipe Vieira, que garantiu que Rui Pereira "tem a mesma preocupação" que o Benfica, negou ter como alvo os adeptos dos Dragões:
"Não vamos confundir as pessoas do Porto e os adeptos do Porto com um bando de malfeitores, que de uma forma cobarde se entretêm a apedrejar o nosso autocarro. Os adeptos do Porto, como os adeptos do Benfica, gostam de futebol e o futebol não é isso."
O dirigente passou a bola às forças de segurança, de quem afirma ser a responsabilidade de garantir a tranquila deslocação da equipa ao Porto:
"Não vamos dizer a que horas vamos sair, porque estamos num país livre, a partir daí, o autocarro sai, o problema passa a não ser nosso, mas de quem tem de fazer segurança ao Benfica."
Apito Dourado - O presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira, comentou, em entrevista à "Antena 1", as novas escutas telefónicas relativas ao processo Apito Dourado, que foram publicadas no "YouTube" no sábado.
Para o dirigente encarnado, a justiça, "com a cumplicidade de alguns juízes, ajudou criar uma ideia de impunidade que algumas pessoas têm no futebol português", as quais já começam a ter a "tentação de voltarem a movimentar-se da mesma forma", devido à ausência de castigo.
Luís Filipe Vieira faz especial alusão a Pinto de Sousa, antigo presidente do Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol, que "anda a jantar e a almoçar com muitos árbitros novamente."
Para o presidente das águias, "é claro como a água que todas as práticas de que eram acusados aconteceram", e não poupou críticas à falta de actuação do sistema judicial.
"É caso para dizer que a Justiça faltou à verdade, ou que a Justiça branqueou a verdade", disse.
Vilas Boas - Luís Filipe Vieira, presidente do Benfica, irónico para Villas Boas. Erros de Xistra em Guimarães, sim... em prejuízo do Vitória.
Coberto de razão ao criticar a arbitragem do albicastrense Carlos Xistra no embate de segunda-feira, na cidade-berço estava André Villas Boas. Esta a opinião de Luís Filipe Vieira, que, em entrevista à Antena 1, usou de ironia para concordar com o técnico portista a propósito do V. Guimarães-FC Porto, ao mesmo tempo que aproveitou para questionar a razão de um facto desta Liga: o não assinalar de grandes penalidades desfavoráveis aos dragões e favoráveis à águia.
«Tem toda a razão o sr. Villas Boas ao criticar a arbitragem. Houve erros gravíssimos, nomeadamente um penalti que ficou por marcar, a favor do V. Guimarães. Aliás, o V. Guimarães tem razões de queixa mais do que suficientes da arbitragem, é natural que estejam insatisfeitos. Aliás, neste Campeonato já toda a gente se apercebeu que, contra o FC Porto não se marcam penaltis e a favor do Benfica também não! É algo que parece que está instalado na arbitragem. Agora não sei quem é que informou o Sr. Villas Boas sobre esse mesmo penalty. O que não tenho dúvidas é que passou por uma situação ridícula e caricata», afirmou o presidente do Benfica.
Grande António Pedro Vasconcelos!
APV, obrigado
Este atitude de Rui Moreira só prova uma coisa, contra factos não há argumentos!
Estes comentadores dos corruptos (com a devida vassalagem dos lagartos) podem ter muita conversa fiada, agora há uma coisa que é inegável, estas escutas são uma prova de CORRUPÇÃO, e em relação a isto não há volta a dar.
05/10/10
Pinto da Costa e Vilas Boas com razão
Vilas Boas - "Há um penálti claro, que teria dado o 2-0, e que deixaram passar. Tal como sucedeu com o V. Guimarães-Benfica, deviam analisar cuidadosamente as imagens deste jogo", referiu à TVI quando instado a comentar as razões por que teve de abandonar o campo. "A expulsão é ridícula!"
E prosseguiu, no mesmo tom: "Agora somos nós a pedir justiça porque é a segunda vez que há aqui arbitragens escandalosas. A arbitragem do Carlos Xistra pareceu-me decisiva. Por que não se puxa o filme atrás e não se vê o que aconteceu?"
Pinto da Costa não calou a indignação portista com a arbitragem da equipa liderada por Carlos Xista no jogo com o V. Guimarães. O líder dos azuis-e-brancos vai ao ponto de pedir férias para o árbitro de Castelo Branco e espera também por explicações da parte de Vítor Pereira, o presidente da Comissão de Arbitragem da Liga.
Sou obrigado a dar razão a estes senhores e reconhecer que a arbitragem do Carlos Xistra foi escandalosa, gostei que Vilas Boas reconhecesse que a arbitragem do Guimarães -Benfica também foi escandalosa, demorou mas reconheceu.
Minuto 77 - Este é o famoso minuto em que Vilas Boas reclama Penalti, um defesa do Guimarães soprou o cabelo do jogador do Porto dentro da área e não é Penalti? Escandaloso!
Na realidade Ruben Micael tocou a bola com o braço na área do Guimarães e o árbitro não marcou Penalti? Escandaloso!
Reconheço que desde o inicio da temporada este tipo de lance (Soprar o cabelo aos jogadores dos corruptos) na área dos adversários do Porto é considerado sempre Penalti, Carlos Xistra não seguiu o critério que até aqui vinha sendo religiosamente cumprido e não marcou Penalti. Escandaloso!
Resumindo e concluindo, o Porto foi mais uma vez beneficiado esta época.
Podem berrar, chorar, espumar da boca mas as imagens são claríssimas...dá piada ver o desespero destes corruptos.
E prosseguiu, no mesmo tom: "Agora somos nós a pedir justiça porque é a segunda vez que há aqui arbitragens escandalosas. A arbitragem do Carlos Xistra pareceu-me decisiva. Por que não se puxa o filme atrás e não se vê o que aconteceu?"
Pinto da Costa não calou a indignação portista com a arbitragem da equipa liderada por Carlos Xista no jogo com o V. Guimarães. O líder dos azuis-e-brancos vai ao ponto de pedir férias para o árbitro de Castelo Branco e espera também por explicações da parte de Vítor Pereira, o presidente da Comissão de Arbitragem da Liga.
Sou obrigado a dar razão a estes senhores e reconhecer que a arbitragem do Carlos Xistra foi escandalosa, gostei que Vilas Boas reconhecesse que a arbitragem do Guimarães -Benfica também foi escandalosa, demorou mas reconheceu.
FILME DO ESCÂNDALO - Segundo Pinto da Costa e Vilas Boas
Minuto 55 - Penaltie de Fucile sobre Edgar, seria o segundo amarelo para Fucile e consequente expulsão, o que é que o árbitro fez? falta a favor do Porto! Lindo.
Minuto 77 - Este é o famoso minuto em que Vilas Boas reclama Penalti, um defesa do Guimarães soprou o cabelo do jogador do Porto dentro da área e não é Penalti? Escandaloso!
Na realidade Ruben Micael tocou a bola com o braço na área do Guimarães e o árbitro não marcou Penalti? Escandaloso!
Reconheço que desde o inicio da temporada este tipo de lance (Soprar o cabelo aos jogadores dos corruptos) na área dos adversários do Porto é considerado sempre Penalti, Carlos Xistra não seguiu o critério que até aqui vinha sendo religiosamente cumprido e não marcou Penalti. Escandaloso!
Resumindo e concluindo, o Porto foi mais uma vez beneficiado esta época.
Podem berrar, chorar, espumar da boca mas as imagens são claríssimas...dá piada ver o desespero destes corruptos.
FILME COMPLETO
Profecia de jesus cumpriu-se
20 Setembro 2010 "...é verdade que a pouco e pouco os adversários que estão lá em cima vão começar a olhar para nós, para trás, e se calhar começarem a tremer um bocadinho." - Grande JJ
04/10/10
Apito Dourado, a saga continua
O mais preocupante é que os intervenientes destas fabulosas escutas continuam todos no activo (e de que maneira), obviamente que ninguém foi condenado (nem será) porque há gente influente com poder que também gosta de fruta madurinha...não é Srs. Juizes?
A Corrupção em Portugal é quase tão grave com roubar uma laranja na mercearia...opsss! lá estou eu outra vez a falar de fruta, porque será?
As pessoas que não reconhecem que estas escutas são um esquema de corrupção, são as mesmas que ao ver um escultor transformar uma pedra num cavalo perguntam:
Como é que ele sabia que o cavalo estava dentro da pedra?
Sras. e Srs. apresentamos a corrupção ao mais alto nível
03/10/10
Benfica 1 Braga 0
Golão de Carlos Martins dá vitória justa
O Sport Lisboa e Benfica venceu o Sporting Braga, por 1-0, numa partida da sétima jornada da Liga portuguesa. Carlos Martins derrotou a muralha defensiva dos arsenalistas, com um golo espectacular de pé esquerdo.
Os primeiros cinco minutos de jogo demonstraram o que ia ser a primeira parte. Ascendente ofensivo por parte dos “encarnados”, com o Sp. Braga a defender com onze jogadores atrás da linha de meio-campo, sempre à espera de um contra-ataque venenoso.
O Benfica dominou a posse de bola e foi a equipa que criou as melhores ocasiões de golo. Aos sete minutos foi Carlos Martins que obrigou Felipe à primeira defesa da noite, num remate forte de fora da área.
Os campeões nacionais exibiram-se em bom plano e aos 17 minutos, Alan Kardec quase marcou. Na sequência do pontapé de canto, Carlos Martins voltou a rematar com muito perigo para as redes bracarenses. Aos 33 minutos, o inevitável número 17 voltou a rematar de longe e Felipe voltou a defender o esférico com alguma dificuldade. Um duelo à margem do jogo.
A pressão acentuou-se e aos 34 minutos, depois de uma excelente desmarcação de Pablo Aimar, Saviola rematou dentro da área para uma defesa de grande qualidade do guardião brasileiro do Sp. Braga.
A cinco minutos do intervalo, Carlos Martins e Felipe voltaram a encontrar-se. Livre lateral batido pelo médio recentemente convocado por Paulo Bento e Felipe volta defender. Luisão quase conseguiu o desvio vitorioso. Já em cima do apito para o recolher aos balneários, a equipa de Domingos obrigou Roberto à defesa da noite, na sequência de um pontapé forte de Elderson. Refira-se, a única vez, durante os primeiros 45 minutos que os arsenalistas chegaram com perigo à baliza “encarnada”.
No segundo tempo mais do mesmo. O Sporting de Braga recolhido ao seu meio-campo e o Benfica a pressionar. Com três minutos na segunda parte, Carlos Martins voltou a contribuir para o duelo com Felipe, mas atirou por cima. Aos 53 minutos o Benfica teve uma grande oportunidade para marcar e abrir as contas no Estádio da Luz. Maxi Pereira centrou no flanco direito, Kardec ganhou nas alturas à dupla de centrais bracarenses e Saviola sozinho dentro da área atirou por cima. Infelicidade do argentino.
O anti-jogo do Sp. Braga era cada vez mais notório. Os jogadores aproveitavam todos os segundos para cair, ou para não permitir livres marcados rapidamente e o maior exemplo disso foi a eternidade que Vandinho levou a ser assistido e a ser substituído… tudo isto sob o olhar complacente de Duarte Gomes.
Com 72 minutos jogados, o duelo da partida teve um justo vencedor: Carlos Martins fez um golo espectacular. Javier Saviola centrou para o segundo poste e depois de receber com o pé direito, o médio português utilizou o esquerdo para “fuzilar” Felipe e dar justiça ao resultado.
Os minhotos foram obrigados a abrir o jogo, mas a agressividade manteve-se. Que o diga Nico Gaitán, depois de uma entrada muito dura de Moisés. Não se percebe se o defesa bracarense confundiu a meia vermelha do argentino com o Mar Vermelho…
O árbitro Duarte Gomes concedeu seis minutos de tempo extra e Fábio Coentrão ainda teve uma grande oportunidade para fazer o segundo tento dos campeões nacionais, ao aparecer isolado. O remate acabou por sair ao lado da baliza.
No final da partida, o 1-0 é um resultado justo, mas há a lamentar a atitude defensiva da equipa de Domingos Paciência. O Sport Lisboa e Benfica somou a terceira vitória consecutiva na Liga portuguesa.
Benfica
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