O Benfica surgiu nos Barreiros disposto a mostrar que a vitória frente ao Sporting não foi obra do acaso. Sem Aimar, Jorge Jesus apostou em Gaitán para o lado direito e colocou Carlos Martins a «maestro», voltando a jogar com a dupla César Peixoto e Fábio Coentrão no lado esquerdo. E esta dupla deu que fazer à defesa madeirense, porque Marquinho não ajudava em nada Ricardo Esteves em termos defensivos, nem criava perigo em termos de ataque.
Pedro Martins apostou num 4x2x3x1, com Baba na frente de ataque, leu bem este problema e lançou Tchô para o meio e desviou Danilo Dias para o lado direito, aos 38 minutos, equilibrando a contenda que até então tinha sido dominada por completo pelos lisboetas.
Foram sempre os encarnados a dominar durante a primeira metade, mas pecando sempre em termos de finalização. Gaitán rematou com muito perigo aos 12 minutos. Quatro minutos depois, após um falhanço de Marcelo, Javi Garcia cabeceia bem mas vê Danilo Dias salvar sobre a linha de baliza.
Saviola desperdiça
O encontro só tinha um sentido, de nada valendo o irrequietismo de Danilo Dias, que bem tentava empolgar a sua equipa para caminhos mais próximos da baliza de Roberto. Gaitán dava nas vistas e estava em grande nas assistências. Ao minuto 26, após um bom trabalho, isola Saviola mas este remata para defesa de Marcelo para canto. Três minutos depois, de novo Gaitan a assistir Saviola, mas este remata para nova defesa de Marcelo.
Aos 34 minutos João Capela manda jogar, num lance em que Saviola finta Robson, isola-se, e já na área é tocado por Roberto Sousa. Terá ficado uma grande penalidade por marcar neste lance, mas o mesmo terá acontecido na melhor situação dos locais. Baba apareceu frente a Roberto e permite que este desvie para canto o remate, mas antes, porém, ficam queixas de uma falta de Maxi Pereira sobre Djalma.
O jogo ganhou vivacidade e após um grande passe de Cardozo, Gaitán perdeu mais uma boa situação para inaugurar a partida. No recomeço, após mais uma saída incompleta de Marcelo, o camisola 20 do Benfica falhou um chapéu (48m). A história da partida parecia continuar a ter o mesmo sentido. Espreitando o contra-ataque, Danilo Dias isola Baba aos 50 minutos, mas o lance é anulado por fora de jogo. Mal diga-se!
Cardozo falha e falha, mas Coentrão marca
Na resposta, Cardozo surge sozinho sem ser assinalado fora de jogo e vê Marcelo defender uma tentativa de chapéu e depois vê Ricardo Esteves salvar sobre a linha de baliza a sua recarga. E só continuava a dar Benfica. Aos 53 minutos, Fábio Coentrão cruzou com tudo para Cardozo marcar, mas este sozinho fez o mais difícil: falhar!
Jogando em contra-ataque, Danilo Dias (pois claro!) isolou Tchô mas este perdeu-se em fintas e rematou contra o corpo de Luisão. Mas aos 57 minutos, finalmente, Jorge Jesus respirou de alívio. Fábio Coentrão aproveitou bem um cruzamento de Saviola e rematou para o fundo da baliza.
Os locais tentavam chegar à igualdade e aos 63 minutos, após um bom trabalho de Danilo Dias, este remata forte, mas Roberto brilha e desvia para canto. Na resposta, Saviola volta a ver um remate seu a ser desviado para canto, após mais uma boa assistência de Coentrão.
Pedro Martins volta a mexer na sua equipa e lança Dylan, retirando um médio defensivo, Rafael Miranda. Assim, o líder verde-rubro não se dava por vencido. E voltou a lançar mais poder de fogo ao colocar Fidelis em campo. Mas de nada valeu, pois o Benfica foi controlando a vantagem mínima até ao final. Afinal o campeão também sabe defender.
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