Porquê insistir em Roberto?
Perder pontos na Choupana era negativo, segundo Jorge Jesus. Talvez por isso a sua equipa tenha entrado decidida desde muito cedo. O técnico da turma da Luz lançou Gaitán no onze, com o regresso de Luisão ao centro da defesa.
O Nacional montou o seu 4x4x2, mas Jokanovic apostou no central Tomasevic para defesa esquerdo, deixando Nuno Pinto no banco. Depois, a dupla eslovena Skolnik e Mihelic foi titular e Orlando Sá fez dupla com Diego Barcellos.
Os primeiros remates à baliza pertenceram aos lisboetas mas sem a pontaria afinada. E logo aos 12 minutos, após um bom cruzamento rasteiro de Maxi Pereira na direita, Gaitán surgiu ao segundo poste mas com a baliza aberta atirou ao lado. Podia e devia fazer melhor o argentino. A pouco e pouco os alvinegros equilibraram e tornaram-se mais atrevidos, através da dupla Mihelic e Skolnik, mas sem grandes estragos para o guarda-redes Roberto. Continuava a mandar o conjunto da Luz com Saviola aos 27m a colocar à prova Bracalli, mas o brasileiro encaixou bem o remate do avançado benfiquista. E num lance que começou numa falta sobre Diego Barcellos, que Pedro Proença não apitou, os actuais campeões nacionais perderam mais uma boa situação ao minuto 31, com Cardozo a cabecear mal a um bom cruzamento de Coentrão.
Os madeirenses fechavam bem os caminhos para a baliza mas não conseguiam criar um lance de golo. O melhor foi uma chegada tardia de Orlando Sá após um bom passe de Skolnik, aos 39 minutos. Na resposta, o Benfica esteve à beira de inaugurar o marcador. Mas Bracalli evitou o pior, pois o cruzamento de Maxi Pereira foi com conta, peso e medida para a cabeça de Saviola que viu o guarda-redes nacionalista fazer a defesa da noite quando muitos adeptos já gritavam golo. O intervalo chegou sem golos. Os homens de Jorge Jesus pecaram na finalização e o nulo premiava o labor do Nacional.
No recomeço foi de novo o Benfica o primeiro a chegar à baliza. E Aimar bem tentou a sua sorte num remate rasteiro mas Bracalli estava atento e segurou bem. Mas os alvinegros chegaram ao golo ao minuto 49 por Luís Alberto, que após um bom livre de Skolnik surgiu sozinho a cabecear antecipando-se a Roberto. Foi uma lição de eficácia dos nacionalistas e contra a corrente da partida sem dúvida.
E o guarda-redes Roberto voltou a demonstrar que está numa situação muito fragilizada ao sofrer o segundo golo aos 65 minutos, vendo a bola bater na barra (após um cabeceamento de Luís Alberto) e sem a conseguir desviar para canto e surge Orlando Sá a cabecear sozinho e fazendo o 2-0, quando Jorge Jesus preparava a entrada de Carlos Martins. Notável eficácia dos locais que em dois lances de golo marcaram por duas vezes.
Aproveitando a desorientação dos benfiquistas os alvinegros até poderiam chegar ao 3-0, após mais um livre que Felipe Lopes quase conseguia desviar de cabeça perante a passividade de Roberto e «companhia». Carlos Martins de livre directo aos 76 minutos viu Bracalli voar e uma vez mais negar o golo aos campeões nacionais.
Até ao final, os pupilos de Jokanovic foram inteligentes na forma como defenderam e tentara aproveitar os espaços dados pelo Benfica que jogou mais com o coração do que com a razão.E a falta de eficácia foi fatal ao campeão que voltou a cair à segunda jornada da Liga. Carlos Martins ainda reduziu a diferença mas foi pouco.
Muita gente deve ter ficado a ganhar com a contratação deste Roberto... dêem-no ao Cascalheira, Benavente ou Mogofores...
ResponderEliminarVer o treinador a defendê-lo é sinal de que o Benfica ainda vai continuar a perder jogos por culpa dele. Eu diria que já não é culpa dele mas sim do Jesus.