Bruno César, craque que o Benfica foi contratar ao Corinthians, despontou para o futebol no Bahia. Nilton Mota, director do futebol jovem do clube, contou ao Relvado um pouco da história do craque no qual os adeptos do Benfica depositam grandes esperanças já na próxima época. A sua escalada até ao sucesso foi rápida, mas só foi possível porque ultrapassou as dificuldades com muito esforço.
"Ele chegou ao Bahia em 2005, tinha 16 anos. Aos 17 foi lançado na equipa profissional, pois mostrava qualidade para isso. Evoluiu muito com os colegas mais velhos e em 2007 saiu para o São Paulo".
Na altura em que chegou ao Bahia, o clube estava mergulhado numa crise profunda e disputava a Série C (terceiro escalão) do futebol brasileiro. Bruno César fez logo questão de mostrar que o seu nível era superior ao estatuto da equipa. "Fez logo dois golos no jogo de estreia, com o Itabuna. Apesar de ter idade de juvenil, passou rapidamente para os juniores e não demorou muito tempo a mudar-se para a equipa profissional", revela.
A evolução no plantel sénior foi muito rápida. "Era um dos melhores jogadores da nossa equipa. Demonstrava sempre grande profissionalismo... Despertou imediatamente o interesse de empresários e nestes casos de garotos jovens já se sabe o que acontece: quiseram ganhar dinheiro com ele e saiu do clube de forma litigiosa", diz.
Ainda assim, Nilton Mota não guarda rancor. "Compreendo que ele queira ter saído. Nós só lhe oferecíamos quatro salários mínimos, o que já era muito para o nosso nível...Teve uma boa proposta do São Paulo, um clube muito grande, e saiu... Guardo rancor, isso sim, dos empresários que o rodearam na altura", frisa.
Bruno César vem de uma família muito pobre. "Os seus pais não tinham posses. Eram do interior de São Paulo e trabalhavam na agricultura. Foi uma grande oportunidade para o 'menino' melhorar a sua situação económica e da família", sublinha.
Muito precoce
Bruno César habituou-se desde muito cedo às dificuldades da vida, o que na opinião de Nilton Mota "acabou por ter repercussões positivas para a sua carreira". Para enfrentar as dificuldades, "teve de ser muito precoce e fazer-se de mais velho do que era".
Dá até um exemplo curioso. "Sempre teve namoradinhas, desde os 15 anos... E sempre teve maturidade acima da média, sabendo o que queria. Por outro lado, é muito expansivo e comunicativo e está quase sempre de bom humor", revela. Por isso, o diretor do futebol jovem do Bahia não duvida que o médio "vai conseguir adaptar-se sem problemas em Portugal e irá contribuir para o bom ambiente no grupo de trabalho do Benfica".
Tudo para dar certo na Luz
O médio brasileiro custou cinco milhões de euros aos cofres do clube da Luz, tendo assinado um contrato muito longo, de seis temporadas, sinal da confiança que os responsáveis benfiquistas nele depositam. A sua clásula de rescisão é de 30 milhões de euros. Nilton Mota não duvida que Bruno César tem todas as condições para vingar na Luz.
"Tem condições para isso. Primeiro, devido à sua qualidade como jogador. E depois, porque tem uma grande personalidade. Evoluiu muito nos últimos anos e tem 'armas' importantes, como o forte remate e a técnica apurada". E acha que "a adaptação tática à Europa não será problema, pois evoluiu muito nesse aspeto".
O dirigente do Bahia realça, no entanto, que Bruno César é hoje em dia um jogador diferente do que era há alguns anos atrás. "No Bahia jogava mais adiantado no terreno, como homem livre na frente ou então descaído nos flancos. No Corinthians é mais um médio de ataque, jogando nas costas dos avançados. Mas isso não lhe retirou a capacidade goleadora", frisa.
E os números dão razão ao dirigente do Bahia. Em 2010, Bruno foi o terceiro melhor marcador do campeonato brasileiro, com 14 golos em 31 jogos. Além disso, ainda apontou sete golos no campeonato paulista. De resto, foi mesmo eleito o jogador-revelação da edição de 2010 do Brasileirão e votado como o segundo preferidos dos adeptos, atrás de Conca, do campeão Fluminense.
Apesar da grande evolução que Bruno registou nos últimos anos, Nilton Mota defende que ainda é muito cedo para que o médio pense na seleção brasileira. "Para já, não, de forma alguma... O Brasil está muito bem servido nessa posição, acho que nem que formassem quatro seleções do Brasil ele teria lugar!", diz, com sinceridade.
No entanto, não descarta a hipótese do reforço do Benfica lá chegar, "quando atingir o auge, com 26 ou 27 anos".
Relvado
"Ele chegou ao Bahia em 2005, tinha 16 anos. Aos 17 foi lançado na equipa profissional, pois mostrava qualidade para isso. Evoluiu muito com os colegas mais velhos e em 2007 saiu para o São Paulo".
Na altura em que chegou ao Bahia, o clube estava mergulhado numa crise profunda e disputava a Série C (terceiro escalão) do futebol brasileiro. Bruno César fez logo questão de mostrar que o seu nível era superior ao estatuto da equipa. "Fez logo dois golos no jogo de estreia, com o Itabuna. Apesar de ter idade de juvenil, passou rapidamente para os juniores e não demorou muito tempo a mudar-se para a equipa profissional", revela.
A evolução no plantel sénior foi muito rápida. "Era um dos melhores jogadores da nossa equipa. Demonstrava sempre grande profissionalismo... Despertou imediatamente o interesse de empresários e nestes casos de garotos jovens já se sabe o que acontece: quiseram ganhar dinheiro com ele e saiu do clube de forma litigiosa", diz.
Ainda assim, Nilton Mota não guarda rancor. "Compreendo que ele queira ter saído. Nós só lhe oferecíamos quatro salários mínimos, o que já era muito para o nosso nível...Teve uma boa proposta do São Paulo, um clube muito grande, e saiu... Guardo rancor, isso sim, dos empresários que o rodearam na altura", frisa.
Bruno César vem de uma família muito pobre. "Os seus pais não tinham posses. Eram do interior de São Paulo e trabalhavam na agricultura. Foi uma grande oportunidade para o 'menino' melhorar a sua situação económica e da família", sublinha.
Muito precoce
Bruno César habituou-se desde muito cedo às dificuldades da vida, o que na opinião de Nilton Mota "acabou por ter repercussões positivas para a sua carreira". Para enfrentar as dificuldades, "teve de ser muito precoce e fazer-se de mais velho do que era".
Dá até um exemplo curioso. "Sempre teve namoradinhas, desde os 15 anos... E sempre teve maturidade acima da média, sabendo o que queria. Por outro lado, é muito expansivo e comunicativo e está quase sempre de bom humor", revela. Por isso, o diretor do futebol jovem do Bahia não duvida que o médio "vai conseguir adaptar-se sem problemas em Portugal e irá contribuir para o bom ambiente no grupo de trabalho do Benfica".
Tudo para dar certo na Luz
O médio brasileiro custou cinco milhões de euros aos cofres do clube da Luz, tendo assinado um contrato muito longo, de seis temporadas, sinal da confiança que os responsáveis benfiquistas nele depositam. A sua clásula de rescisão é de 30 milhões de euros. Nilton Mota não duvida que Bruno César tem todas as condições para vingar na Luz.
"Tem condições para isso. Primeiro, devido à sua qualidade como jogador. E depois, porque tem uma grande personalidade. Evoluiu muito nos últimos anos e tem 'armas' importantes, como o forte remate e a técnica apurada". E acha que "a adaptação tática à Europa não será problema, pois evoluiu muito nesse aspeto".
O dirigente do Bahia realça, no entanto, que Bruno César é hoje em dia um jogador diferente do que era há alguns anos atrás. "No Bahia jogava mais adiantado no terreno, como homem livre na frente ou então descaído nos flancos. No Corinthians é mais um médio de ataque, jogando nas costas dos avançados. Mas isso não lhe retirou a capacidade goleadora", frisa.
E os números dão razão ao dirigente do Bahia. Em 2010, Bruno foi o terceiro melhor marcador do campeonato brasileiro, com 14 golos em 31 jogos. Além disso, ainda apontou sete golos no campeonato paulista. De resto, foi mesmo eleito o jogador-revelação da edição de 2010 do Brasileirão e votado como o segundo preferidos dos adeptos, atrás de Conca, do campeão Fluminense.
Apesar da grande evolução que Bruno registou nos últimos anos, Nilton Mota defende que ainda é muito cedo para que o médio pense na seleção brasileira. "Para já, não, de forma alguma... O Brasil está muito bem servido nessa posição, acho que nem que formassem quatro seleções do Brasil ele teria lugar!", diz, com sinceridade.
No entanto, não descarta a hipótese do reforço do Benfica lá chegar, "quando atingir o auge, com 26 ou 27 anos".
Relvado
Custou 4 milhões aos cofres da Luz o outro milhão deve ter sido para alguém. Pois no Corinthians dizem que só entrou 4 milhões.
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