Que sucede quando um jogador agride um treinador?
A situação está prevista no artigo 117. Se a agressão provocar lesão de especial gravidade, pena de três meses a três anos de suspensão. Agressão em outros casos: dois meses a dois anos de suspensão. Em caso de resposta a agressão: «Os factos previstos nos números anteriores são punidos com redução dos limites mínimos das penas a metade».
Se for considerado que o jogador apenas tentou agredir, os regulamentos dizem o seguinte: «Os factos previstos nos números anteriores quando na forma de tentativa são punidos com os limites das penas indicadas reduzidas a metade».
Que sucede quando o treinador agride um jogador?
O regulamento enquadra os treinadores no artigo 137 («Faltas específicas dos treinadores») como se de dirigentes desportivos se tratassem. Com uma diferença substancial: em caso de suspensão de técnicos, os prazos são reduzidas a um quarto.
No artigo 104 é escrito que os dirigentes que agridam outros agentes (nomeadamente jogadores) são punidos com penas de suspensão de três meses a três anos. Prazos que, no caso dos treinadores, seriam reduzidos a um quarto. A tentativa é punida com os limites das penas acima previstas reduzidas a um terço.
Como se pune?
O Regulamento estipula como pode a Comissão Disciplinar punir. Primeiro tem de abrir procedimento disciplinar ou processo de inquérito. Ambos podem ser abertos por impulso da Comissão Disciplinar ou requerimento de interessado. Na base poderá estar o relatório do árbitro, o relatório do delegado da Liga no jogo ou das forças policiais. Ou, ainda, na sequência de denúncia fundamentada.
O artigo 173 estabelece que a deliberação da Comissão Disciplinar poderá ser tomada tendo por base «o relatório da equipa de arbitragem, das forças policiais ou do Delegado da Liga e todos os demais meios de prova em direito admitidos».
Quando podem ser utilizadas as imagens televisivas?
A alínea a) do ponto 5 do artigo 173 estabelece as ocasiões em que a CD pode utilizar imagens televisivas para formular uma decisão. Eis o texto: «Quando se verifique que a equipa de arbitragem não sancionou conduta que constitua risco grave para a integridade física dos agentes ou grave atentado à ética desportiva exigida aos intervenientes no jogo, desde que se demonstre que a equipa de arbitragem não tenha observado e avaliado essa conduta».
Que pode suceder no caso do Benfica-Nacional, entre Jorge Jesus (treinador) e Luis Alberto (jogador)?
A Comissão Disciplinar julgará, em primeira instância, a partir dos relatórios de árbitro, delegado e forças policiais. Muito do que estiver para suceder a Jorge Jesus e Luis Alberto dependerá disso.
A própria Comissão Disciplinar poderá decidir abrir um inquérito disciplinar, ouvir quem entender e solicitar as imagens que entender.
Luís Alberto, jogador do Nacional, fala do desentendimento com Jorge Jesus, no final do jogo com o Benfica, da 17ª jornada da Liga, que terminou com vitória encarnada:
«O Jesus usou uma artimanha. Eu ia falar com um jogador do Benfica (Jara), e quando esse jogador se aproximou ele (Jesus) empurrou-me. Abraçou-me para apaziguar, e depois empurrou-me. Traiu-me. Serve de experiência. Para a próxima já sei como ele age, como ele trai. Senti-me agredido, pois ele empurrou-me, mas já acabou.»
Mais Futebol - 22-01-2011
Certamente que Luís Alberto vai assinar pelo porto muito em breve, e aposto que aquilo que disse após o jogo de ontem passa a ter uma nova versão:
«O Jesus agrediu-me de uma forma brutal, deu-me vários socos, estaladas, pontapés e tirou-me a cera dos ouvidos. Abraçou-me e depois de me ter beijado na boca assoou-se á minha camisola.»
Jesus deu asas aos abutres que agora vão aparecer a pedir a irradiação, 15 anos de castigo, um curso intensivo de Português, que corte o cabelo, enfim o ataque vai começar...
JJ não estiveste bem, mas a família Benfiquista está contigo!
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