30/12/10
29/12/10
RAP, o regresso
Deve ter sido uma das prendas mais repetidas junto dos benfiquistas que sabem ler. E até dos que não sabem. "A Chama Imensa", livro que reúne as crónicas de Ricardo Araújo Pereira sobre o Benfica no jornal "A Bola", é um retrato do amor (às vezes ódio) de um homem pelo seu clube. O Gato Fedorento, sócio número 17.411, fala-nos das origens do seu benfiquismo e de uma fé no seu clube de tal maneira inabalável que resiste à lógica, bom senso e matemática
Esta não é daquelas entrevistas que começam com uma descrição do local onde decorreu a conversa. Não está ilustrada por um tique recorrente do entrevistado nem consta aqui qualquer referência à posição do sol aquando do encontro - até a frase "era de noite e, no entanto, chovia", faz ainda menos sentido. Ricardo Araújo Pereira, sócio número 17.411 do Sport Lisboa e Benfica, está em casa, ao computador, na véspera da véspera de Natal, a responder a perguntas enviadas dias antes por e-mail. Enquanto escreve - "não faço ideia de quanto tempo vou demorar porque tenho as miúdas, malditas férias escolares" - a compilação de crónicas "A Chama Imensa" torna-se num dos livros mais vendidos deste Natal.
É possível que a águia Vitória não volte a voar no Estádio da Luz. Vai fazer muita falta?
Sim, fará falta. E é pena. O Benfica era o único clube que conseguia organizar um espectáculo daqueles com o seu símbolo. Os leões não voam tão bem e os dragões padecem do mesmo mal que a maior parte dos penalties que se vão assinalando a favor do Porto: não existem. Ainda assim, S. Jorge matou um. Veja como deve tratar-se de um bicho irritante, para conseguir fazer com que um homem que era santo perdesse a paciência.
Qual é a sua memória mais antiga do estádio da Luz?
Talvez um Benfica-Porto de 1981. Cheguei ao terceiro anel antigo logo a seguir ao almoço, porque os jogos eram à tarde e não havia esta mariquice dos lugares marcados, como na ópera. A certa altura, Pietra deu uma soberba sarrafada ao Frasco, que ficou a contorcer-se no chão. Um consócio que estava ao meu lado gritou, com muita humanidade: "Se ele está a sofrer, o melhor é abatê-lo!" Ganhámos 1-0, golo de João Alves. Resultado magro mas, tendo em conta que o árbitro era António Garrido, foi goleada. Nesse ano, fomos campeões e ganhámos a taça, também ao Porto, 3-1 na final. Três golos de Nené. Veloso marcou um na própria baliza logo a abrir, para lhes dar um de avanço, a ver se o jogo ficava mais equilibrado. Não resultou.
Por que razão escolheu o Benfica?
Quando eu era pequeno, o meu primo António convenceu-me de que o Benfica era o melhor clube do mundo. Sem querer tirar mérito ao meu primo António, não é difícil convencer uma pessoa disso, uma vez que é verdade. Quanto ao meu primo António, é do Benfica por causa de um barbeiro que lhe cortava o cabelo no Areeiro. Portanto, em última análise, sou do Benfica por causa do barbeiro do meu primo António. Até agora, foi o máximo que consegui apurar acerca da minha genealogia benfiquista.
No seu livro fala do Shéu e do Rui Costa, de querer ser como eles. Há algum jogador da actual equipa que lhe mereça essa empatia e admiração?
Em princípio, invejo o destino de todos os rapazes que vestem aquela camisola. Hoje, gosto especialmente do Maxi [Pereira] e do Fábio [Coentrão], uma vez que só não mordem nos adversários porque as regras não permitem; do Ruben Amorim, porque é do Benfica desde os três meses - e isso nota-se no seu futebol; do Luisão e do David Luiz, porque são a melhor dupla de centrais desde Mozer e Ricardo Gomes; do Aimar, porque descobre jogadores isolados para surpresa de toda a gente - incluindo dos próprios, que se apanham sozinhos sem saber como à frente da baliza; do Carlos Martins, porque é um digno sucessor de Carlos Manuel, a locomotiva do Barreiro; e do Roberto, porque é do tamanho de um guarda-fatos que a minha avó tinha e cada vez defende melhor. E, enfim, dos outros todos.
Costuma ver os juvenis na Benfica TV e o futsal de veteranos?
Claro. Estou de olho num puto que parece o Valderrama (acho que lhe chamam mesmo Valderrama) e gosta de fintar várias vezes o mesmo adversário antes de avançar para a baliza. No futsal de veteranos, acompanho com especial interesse a carreira de um avançado que talvez tenha dois ou três quilos a mais. Isto para falar apenas nas modalidades que citou. Mas se um velhote vestir a camisola do Benfica e começar a jogar chinquilho, sou menino para ir apoiar.
A enumeração dos maiores flops do clube é uma ocupação frequente entre benfiquistas que se querem rir deles próprios. Qual é para si a mais fracassada de todas as contratações do glorioso?
Se calhar, é mais fácil fornecer-lhe o meu onze ideal de cepos: na baliza, Bossio. Moretto, Zach Thornton e Butt esperam oportunidade no banco. Lateral direito: Dudic, embora Ricardo Rojas e Gary Charles tenham valor para ocupar o lugar. Centrais: Jorge Soares e Paulão, o coice de mula. Jorge Bermúdez, Machairidis, Simanic e outros 10 ou 20 que não me ocorrem agora também eram exasperantes. No lado esquerdo da defesa, o meu coração balança entre Steve Harkness, Alessandro Escalona e Emmanuel Pesaresi. Mas se me der 5 minutos, talvez encontre pior. Trinco: Michael Thomas, com Marco Freitas, Jamir e Paulo Almeida no banco. Daqui para a frente, seria preciso escolher 5 entre Taument, Glenn Helder, Leónidas, Manduca, Luís Carlos, Luís Gustavo, Clóvis, Uribe, Hassan, Marcelo e Pringle. Uma tarefa difícil.
O que sente ao ver isto [link para o vídeo promocional da Operação Coração, no YouTube]?
Sinto alívio por já não estarmos nessa situação e incredulidade por ter sido possível convencer as pessoas a fazer essas doações. Depois lembro-me do título da Operação Coração que tenho emoldurado na minha secretária e percebo tudo um bocadinho melhor.
E isto [o golo e as lágrimas de Rui Costa depois de marcar ao Benfica enquanto jogador da Fiorentina]?
Eu estava no estádio nesse dia e na bancada também estávamos todos a chorar. Que quer que lhe diga?, os benfiquistas são pessoas sensíveis. Hoje, este episódio continua a emocionar-me, apesar de se ter tornado comum: quando o Inter marcou ao Sporting, Luís Figo também chorou. Chorou a rir, mas chorou.
Não estão em "A Chama Imensa" as crónicas todas. Como fez a selecção?
Excluí as que tinham ainda menos interesse do que as que ficaram. Só fiz ponto de honra em manter todas as que falavam de Rui Moreira. Um homem que é proprietário de um cão que ressuscita merece a distinção. Haja respeito pela Páscoa canina.
Como é ser um dos "dois rafeiros atiçados às canelas" de Miguel Sousa Tavares?
É surpreendente, porque sempre apontei para o lombo. Miguel Sousa Tavares tem uma relação um pouco conflituosa com os factos e uma grande capacidade para ignorar evidências, como certos documentos que temos vindo a ver, ler e ouvir. Ora, como disse a avó de um adepto do Benfica chamada Sophia de Mello Breyner, "vemos, ouvimos e lemos / não podemos ignorar". Palavras sábias.
Durante o período em que foi cronista de "A Bola", qual foi o melhor alvo?
Deve ter sido o Pinto da Costa. É quase inevitável, uma vez que se mantém no cargo há décadas e é um homem multifacetado, que ora declama poesia como João Villaret, ora dá indicações de trânsito como um GPS. O facto de estar a cumprir pena de suspensão por tentativa de corrupção activa enquanto se queixa das arbitragens também é divertido.
Qual é para si a equipa mais fácil de caricaturar do nosso campeonato?
É possível que seja o Sporting. Sempre que o Benfica está no fundo, o Sporting tem a gentileza de aparecer para demonstrar que é possível descer um pouco mais. Um dia depois de termos levado 5 do Porto, o Sporting jogou contra o Guimarães. Estava a ganhar 2-0. Nisto, o Vitória reduz. Depois, empata. A seguir, marca o golo da vitória. Até me passou um bocadinho da azia.
Acha que ainda vamos lá este ano?
Claro. Mas eu sou suspeito, uma vez que continuo a acreditar mesmo quando já é matematicamente impossível.
Jornal ionline.pt
Esta não é daquelas entrevistas que começam com uma descrição do local onde decorreu a conversa. Não está ilustrada por um tique recorrente do entrevistado nem consta aqui qualquer referência à posição do sol aquando do encontro - até a frase "era de noite e, no entanto, chovia", faz ainda menos sentido. Ricardo Araújo Pereira, sócio número 17.411 do Sport Lisboa e Benfica, está em casa, ao computador, na véspera da véspera de Natal, a responder a perguntas enviadas dias antes por e-mail. Enquanto escreve - "não faço ideia de quanto tempo vou demorar porque tenho as miúdas, malditas férias escolares" - a compilação de crónicas "A Chama Imensa" torna-se num dos livros mais vendidos deste Natal.
É possível que a águia Vitória não volte a voar no Estádio da Luz. Vai fazer muita falta?
Sim, fará falta. E é pena. O Benfica era o único clube que conseguia organizar um espectáculo daqueles com o seu símbolo. Os leões não voam tão bem e os dragões padecem do mesmo mal que a maior parte dos penalties que se vão assinalando a favor do Porto: não existem. Ainda assim, S. Jorge matou um. Veja como deve tratar-se de um bicho irritante, para conseguir fazer com que um homem que era santo perdesse a paciência.
Qual é a sua memória mais antiga do estádio da Luz?
Talvez um Benfica-Porto de 1981. Cheguei ao terceiro anel antigo logo a seguir ao almoço, porque os jogos eram à tarde e não havia esta mariquice dos lugares marcados, como na ópera. A certa altura, Pietra deu uma soberba sarrafada ao Frasco, que ficou a contorcer-se no chão. Um consócio que estava ao meu lado gritou, com muita humanidade: "Se ele está a sofrer, o melhor é abatê-lo!" Ganhámos 1-0, golo de João Alves. Resultado magro mas, tendo em conta que o árbitro era António Garrido, foi goleada. Nesse ano, fomos campeões e ganhámos a taça, também ao Porto, 3-1 na final. Três golos de Nené. Veloso marcou um na própria baliza logo a abrir, para lhes dar um de avanço, a ver se o jogo ficava mais equilibrado. Não resultou.
Por que razão escolheu o Benfica?
Quando eu era pequeno, o meu primo António convenceu-me de que o Benfica era o melhor clube do mundo. Sem querer tirar mérito ao meu primo António, não é difícil convencer uma pessoa disso, uma vez que é verdade. Quanto ao meu primo António, é do Benfica por causa de um barbeiro que lhe cortava o cabelo no Areeiro. Portanto, em última análise, sou do Benfica por causa do barbeiro do meu primo António. Até agora, foi o máximo que consegui apurar acerca da minha genealogia benfiquista.
No seu livro fala do Shéu e do Rui Costa, de querer ser como eles. Há algum jogador da actual equipa que lhe mereça essa empatia e admiração?
Em princípio, invejo o destino de todos os rapazes que vestem aquela camisola. Hoje, gosto especialmente do Maxi [Pereira] e do Fábio [Coentrão], uma vez que só não mordem nos adversários porque as regras não permitem; do Ruben Amorim, porque é do Benfica desde os três meses - e isso nota-se no seu futebol; do Luisão e do David Luiz, porque são a melhor dupla de centrais desde Mozer e Ricardo Gomes; do Aimar, porque descobre jogadores isolados para surpresa de toda a gente - incluindo dos próprios, que se apanham sozinhos sem saber como à frente da baliza; do Carlos Martins, porque é um digno sucessor de Carlos Manuel, a locomotiva do Barreiro; e do Roberto, porque é do tamanho de um guarda-fatos que a minha avó tinha e cada vez defende melhor. E, enfim, dos outros todos.
Costuma ver os juvenis na Benfica TV e o futsal de veteranos?
Claro. Estou de olho num puto que parece o Valderrama (acho que lhe chamam mesmo Valderrama) e gosta de fintar várias vezes o mesmo adversário antes de avançar para a baliza. No futsal de veteranos, acompanho com especial interesse a carreira de um avançado que talvez tenha dois ou três quilos a mais. Isto para falar apenas nas modalidades que citou. Mas se um velhote vestir a camisola do Benfica e começar a jogar chinquilho, sou menino para ir apoiar.
A enumeração dos maiores flops do clube é uma ocupação frequente entre benfiquistas que se querem rir deles próprios. Qual é para si a mais fracassada de todas as contratações do glorioso?
Se calhar, é mais fácil fornecer-lhe o meu onze ideal de cepos: na baliza, Bossio. Moretto, Zach Thornton e Butt esperam oportunidade no banco. Lateral direito: Dudic, embora Ricardo Rojas e Gary Charles tenham valor para ocupar o lugar. Centrais: Jorge Soares e Paulão, o coice de mula. Jorge Bermúdez, Machairidis, Simanic e outros 10 ou 20 que não me ocorrem agora também eram exasperantes. No lado esquerdo da defesa, o meu coração balança entre Steve Harkness, Alessandro Escalona e Emmanuel Pesaresi. Mas se me der 5 minutos, talvez encontre pior. Trinco: Michael Thomas, com Marco Freitas, Jamir e Paulo Almeida no banco. Daqui para a frente, seria preciso escolher 5 entre Taument, Glenn Helder, Leónidas, Manduca, Luís Carlos, Luís Gustavo, Clóvis, Uribe, Hassan, Marcelo e Pringle. Uma tarefa difícil.
O que sente ao ver isto [link para o vídeo promocional da Operação Coração, no YouTube]?
Sinto alívio por já não estarmos nessa situação e incredulidade por ter sido possível convencer as pessoas a fazer essas doações. Depois lembro-me do título da Operação Coração que tenho emoldurado na minha secretária e percebo tudo um bocadinho melhor.
E isto [o golo e as lágrimas de Rui Costa depois de marcar ao Benfica enquanto jogador da Fiorentina]?
Eu estava no estádio nesse dia e na bancada também estávamos todos a chorar. Que quer que lhe diga?, os benfiquistas são pessoas sensíveis. Hoje, este episódio continua a emocionar-me, apesar de se ter tornado comum: quando o Inter marcou ao Sporting, Luís Figo também chorou. Chorou a rir, mas chorou.
Não estão em "A Chama Imensa" as crónicas todas. Como fez a selecção?
Excluí as que tinham ainda menos interesse do que as que ficaram. Só fiz ponto de honra em manter todas as que falavam de Rui Moreira. Um homem que é proprietário de um cão que ressuscita merece a distinção. Haja respeito pela Páscoa canina.
Como é ser um dos "dois rafeiros atiçados às canelas" de Miguel Sousa Tavares?
É surpreendente, porque sempre apontei para o lombo. Miguel Sousa Tavares tem uma relação um pouco conflituosa com os factos e uma grande capacidade para ignorar evidências, como certos documentos que temos vindo a ver, ler e ouvir. Ora, como disse a avó de um adepto do Benfica chamada Sophia de Mello Breyner, "vemos, ouvimos e lemos / não podemos ignorar". Palavras sábias.
Durante o período em que foi cronista de "A Bola", qual foi o melhor alvo?
Deve ter sido o Pinto da Costa. É quase inevitável, uma vez que se mantém no cargo há décadas e é um homem multifacetado, que ora declama poesia como João Villaret, ora dá indicações de trânsito como um GPS. O facto de estar a cumprir pena de suspensão por tentativa de corrupção activa enquanto se queixa das arbitragens também é divertido.
Qual é para si a equipa mais fácil de caricaturar do nosso campeonato?
É possível que seja o Sporting. Sempre que o Benfica está no fundo, o Sporting tem a gentileza de aparecer para demonstrar que é possível descer um pouco mais. Um dia depois de termos levado 5 do Porto, o Sporting jogou contra o Guimarães. Estava a ganhar 2-0. Nisto, o Vitória reduz. Depois, empata. A seguir, marca o golo da vitória. Até me passou um bocadinho da azia.
Acha que ainda vamos lá este ano?
Claro. Mas eu sou suspeito, uma vez que continuo a acreditar mesmo quando já é matematicamente impossível.
Jornal ionline.pt
27/12/10
Lagartos são a paródia nacional
Costinha proibiu os jogadores de usarem brincos quando estão ao serviço do Sporting, apurou o Correio da Manhã. Em Alvalade existe um dress code (código de vestir) e o director para o futebol não gosta que os jogadores usem este tipo de acessórios, uma vez que no entender do dirigente dão uma imagem pouco consentânea com o que deve ser um jogador profissional de futebol.
O grau de exigência de Costinha é tão grande que vai ao pormenor de chamar a atenção dos jogadores que utilizem o chapéu do clube com a pala para trás.
Pelo que o Correio da Manhã apurou, estas medidas rigorosas não caíram bem em alguns elementos do plantel. É que entendem que Costinha pretende com isto interferir na imagem individual dos atletas. O director também não é adepto das tatuagens, algo que vários jogadores do plantel ostentam, casos de João Pereira, Torsiglieri e Matías Fernández.
Há muito que este clube se tornou numa anedota, mas não era preciso exagerar.
Ainda bem que em tempos de crise há algo para nos alegrar!
O grau de exigência de Costinha é tão grande que vai ao pormenor de chamar a atenção dos jogadores que utilizem o chapéu do clube com a pala para trás.
Pelo que o Correio da Manhã apurou, estas medidas rigorosas não caíram bem em alguns elementos do plantel. É que entendem que Costinha pretende com isto interferir na imagem individual dos atletas. O director também não é adepto das tatuagens, algo que vários jogadores do plantel ostentam, casos de João Pereira, Torsiglieri e Matías Fernández.
Há muito que este clube se tornou numa anedota, mas não era preciso exagerar.
Ainda bem que em tempos de crise há algo para nos alegrar!
Fundação Benfica
O presidente executivo da Fundação Benfica realça que a instituição «demonstrou o caminho que quer percorrer e já mostrou a vontade e o empenho que tem em fazê-lo, ou seja, já agiu e interveio quando foi chamada a fazê-lo». «Faltava existirmos na Internet», refere.
«A necessidade da informação atravessa fronteiras e a velocidade a que queremos dar a conhecer as nossas acções precisava de uma ferramenta como esta, principalmente quando se nasce há tão pouco tempo e se faz tanto», justifica Carlos Móia.
«Será, estou certo, o segundo arranque da Fundação Benfica. A partir de hoje as pessoas vão poder consultar o nosso histórico, conhecer a nossa acção do dia-a-dia e isso é que importante», constata, sublinhando que os interessados «vão poder contribuir para ajudar a Fundação e enviar os seus comentários e sugestões».
25/12/10
Valdo, memórias de um campeão
Valdo foi dos melhores jogadores estrangeiros que passaram no Benfica, espalhou classe nos relvados ao serviço do Glorioso, é um dos que faz parte da galeria dos imortais deste nosso Benfica.
Chegou ao Benfica em 1988 e, depois de sair para o PSG, em 1991, voltaria à Luz em 1995. Espalhou magia até 2004, altura em que, aos 40 anos, decidiu finalmente terminar a carreira. Em conversa com A BOLA, o médio, que reside em Portugal há muitos anos, recordou e partilhou momentos e histórias. O seu objectivo agora é treinar.
- Já passaram mais de 22 anos desde que chegou ao Benfica. Ainda se lembra dos pormenores da sua transferência para a Luz?
- Estava tudo a correr bem até o senhor Manuel Barbosa [n.d.r. empresário de Valdo] dar uma entrevista à televisão de Porto Alegre, a dizer que o Benfica tinha dinheiro. Já não me lembro bem dos valores, mas se era um milhão passou para dois [risos]. Deu grande confusão porque o Benfica não queria pagar e o presidente do Grémio dizia: Quem tem, paga! Mas tudo se revolveu.
- Que impressões teve ao chegar a Lisboa?
- Já tinha estado em Lisboa antes disso. Salvo erro foi a 19 de Dezembro de 1987, depois de um jogo amigável entre as selecções de Brasil e Alemanha, em Brasília. Estava de férias e o Manuel Barbosa, com aquela lábia, disse para eu vir cá só para conhecer o clube. Quando saí do aeroporto, caramba... Um montão de jornalistas! Tiraram-me fotos com a águia e tudo, imaginem quando voltei para Porto Alegre [risos]... Portanto quando vim em definitivo, em 1988, foi tudo muito tranquilo porque conhecia o clube. Já não me assustei tanto com a imponência do velho Estádio da Luz.
- Quem eram os bem-dispostos e os mal-humorados da equipa?
- O Lima era muito engraçado, o Hernâni, o Silvino, o Pacheco e o Veloso também. O Mats [Magnusson] era, digamos, o mais emburrado, mais introvertido. O Thern, com aquele jeitinho dele, era muito engraçado e o Paneira também. O Schwarz era o mais sério de todos, um profissional extremo [risos].
- E o mais brincalhão?
- O Paneira, claramente, mas o mais engraçado acabava por ser o Lima, pela figura dele, com aquele topete enorme, a tocar violão [risos]. Recordo-me da estreia dele a titular, lá para a 12.ª jornada, depois do normal período de adaptação. Estávamos no túnel da antiga Luz e o presidente João Santos foi falar com ele. Vamos lá Lima, duas batatas hoje!, disse. O Lima voltou-se para ele e disse, apontando para o Magnusson: Fogo, então o seu avançado tem um golo em onze jornadas e eu que vou jogar pela primeira vez de início tenho de marcar dois?! O Lima tinha muitas tiradas assim [risos]...
- Teve alguma praxe no Benfica?
- No Benfica não, mas no Grémio tentaram. Eu era muito magrinho quando cheguei, pesava 43 ou 44 quilos, era só cabelo e dentes. Eles estavam sempre a dizer-me: É hoje, é hoje! Eu morria de medo mas não podia dar parte fraca, tinha de cantar de galo. Um dia avisei-os. Olhem uma coisa, eu sou da favela. Se me fizerem alguma coisa vão ver o que vos faço enquanto dormem, um a um! A verdade é que nunca me tocaram, ficaram com medo que eu fosse maluco [risos].
Rui costa e o jeito malandro de jogar
- Quem era o líder no balneário?
- O Veloso foi sem dúvida um grande capitão, mas não havia uma só voz. Cada um tinha algo a dizer. O Ricardo Gomes, que dispensa apresentações, o Vítor Paneira... O Schwarz falava pouco mas também se expressava à sua maneira, dentro do campo, com aquele estilo aguerrido que não dava uma bola como perdida. E, claro, tenho de mencionar o Mozer, um dos grandes líderes do Benfica quando cheguei.
- O Rui Costa acabou por ser o seu sucessor.
- Sim. Já tinha feito talvez uns dois jogos com o Rui e o Paulo Sousa. Disse aos dirigentes: Vocês não precisam de ir buscar alguém para o meu lugar, têm o Rui Costa. Eles diziam-me que ele era novo, mas tentei fazê-los ver que quem sabe, sabe e há que começar por algum lado.
- O que via nele?
- O Rui tinha uma forma de jogar diferente, mais parecida com a do jogador brasileiro do que com a do europeu. Tinha aquele jeito malandro de jogar, de bater na bola, com disciplina mas um estilo mais vagabundo, a fugir ao protocolo. Como eu e como a maioria dos sul-americanos.
- Você e o Ricardo Gomes tiveram carreiras paralelas durante muitos anos, eram quase inseparáveis...
- Vou dizer-lhe uma coisa, no bom sentido: dormi mais vezes com o Ricardo do que com a minha mulher [risos]. Fomos colegas de quarto durante 12 anos! Bastava quase um olhar para comunicarmos. Naqueles jogos cruéis, em que sentíamos que as coisas estavam muito complicadas, eu dizia-lhe: Bacana, que jogo feio... E ele respondia-me: Nem me digas nada, hoje a coisa está horrível... Sempre tivemos grande cumplicidade. Eu, o Ricardo e o Mozer tratávamo-nos por bacana. Ainda hoje são grandes amigos, tal como o Lima.
- Lembra-se de alguma história engraçada com o Ricardo Gomes?
- Houve uma na minha segunda passagem pelo Benfica. O treinador era o capitão Mário Wilson e tínhamos jogo com o Sporting, em Alvalade. Um exercício do treino culminava com centros para a área e finalização, e num dos cruzamentos o Preud'homme socou a bola, ela passou por cima do Mário Wilson e apareceu o Ricardo Gomes, que rematou de primeira e acertou mesmo no cachaço do professor, que disse logo, com aquela voz característica. F... Quem fez este remate não joga domingo! Mas quando olhou para trás e viu o Ricardo Gomes mudou de ideias. Esse joga, esse joga! [risos].
- No actual Benfica, quem são Valdo, Mozer e Ricardo?
- [risos] É difícil comparar. O Benfica tem jogadores fantásticos. O Aimar é realmente diferente, tem magia e um toque refinado. Pessoalmente, gosto muito do Luisão, grande central, e vê-se que é um jogador que sente o Benfica a cem por cento. David Luiz também é bom jogador e o Fábio Coentrão é fantástico.
- Se pudesse, o que mudava na sua carreira?
- Talvez não devesse dizer isto, mas, sinceramente, se estivesse a começar tentaria ser mais polémico, pois hoje esse tipo de jogadores são mais mediáticos e têm mais importância. Digo isto, mas, devido à minha forma de ser, não sei se teria coragem. E atenção: não basta ser polémico, há que ter talento também e corresponder na arena. Da mesma forma, a imagem tem muito peso actualmente: um jogador com olhos verdes e cabelo loiro e espetado vende mais do que um negão feio de dentes tortos. O negão até pode jogar melhor mas só vende 50 camisolas, ao passo que o outro não joga tanto mas vende um milhão...
- E mágoas?
- Mágoa só tive uma, foi o facto de o Benfica não me ter deixado ir aos Jogos Olímpicos de Seul. Fiquei cá para disputar uma porcaria de um jogo com o Penafiel, com todo o respeito por esse clube. Ganhámos nove a zero. Era o capitão da selecção olímpica brasileira, que perdeu na final para a Rússia. Mas naquela época os clubes podiam proibir os jogadores de ir... Se me perguntar também se merecia estar mo Mundial 1994, respondo que sim, mas o Carlos Alberto Parreira assim não entendeu. E agora vou dizer-lhe uma coisa, a propósito da selecção: não queria estar na pele dos jogadores brasileiros em 2014 [risos]. Só há um resultado possível, a vitória [risos].
- Recorda-se bem da final da Taça dos Campeões Europeus, em 1990, perdida para o Milan?
- Naqueles jogos tudo se decide pelos detalhes. Eles tinham uma grande equipa... Nós também, mas eles... Jogámos de igual para igual, mas o Hernâni, que chamávamos de Mano, ouviu um apito da bancada, hesitou, parou e o Rijkaard furou e marcou.
- Perdeu ainda uma final da Taça de Portugal, frente ao Belenenses.
- Aquela derrota custou-me, até porque tinha pela frente o Baidek, e perder para o Baidek é brincadeira... [risos] Senti um pouco culpado pela derrota porque fui expulso por causa de uma discussão com o árbitro Alder Dante.
- A sua família não ficou triste.
- É verdade, quase toda a minha família sempre foi do Belenenses. A minha filha fugiu um bocadinho, é do Sporting, mas a minha esposa é do Belenenses a mil por cento. Praticou esgrima no clube e o avô dela foi um dos fundadores do clube. Sou o único a carregar a bandeira do Benfica [risos]. Mas a verdade é que também tenho um grande carinho pelo Belém.
- Nunca pensou em treinar o Belenenses?
- Foi se calhar a coisa em que mais pensei. E é um dos meus grandes objectivos. Mas vou fazer o caminho inverso: em Janeiro devo regressar ao Brasil. Devo ficar dois ou três anos, como treinador e gestor de uma equipa, o Serra Macaense, da II divisão carioca. Tenho confiança de que vou fazer um bom trabalho e o objectivo é plantar lá uma semente para colher aqui. Tenho o curso de treinador e já exerci no Brasil, em Balneário Camboriú e no União de Rondonópolis, em Mato Grosso.
- Que treinador o marcou mais?
- Tive vários, no Brasil e na Europa. O Toni, por exemplo, era incrível. Ainda hoje me pergunto como pode estar parado. Creio que acabou por ser prejudicado por aquela sua forma de ser apaixonada, aquele coração. Quando se segue a carreira de jogador ou treinador não se pode exteriorizar certas coisas, há simplesmente que ser profissional, e aquela imagem do Toni a chorar quando saiu do Benfica fragilizou-o muito. Mas é meu amigo pessoal, amo-o e, tecnicamente, foi dos grandes treinadores que tive. O Eriksson era um estratega, o Artur Jorge dava muita força mental aos jogadores, era fantástico nisso...
- Cumpria sempre à risca o que os treinadores lhe diziam?
- Às vezes fugia um pouco do guião, mas quando o fazemos convém que dê certo, senão estamos ferrados [risos]. Lembro-me de um jogo contra o Marítimo, aqui na Luz, em que estava a chover muito, e o periquito, alcunha que dei ao Eriksson, disse que todos tinham de jogar com pitons de alumínio. Mas eu nunca joguei de pitons de alumínio na minha carreira, nunca. Lá tive de entrar assim, mas parecia que estava de saltos altos [risos]. Fui à linha lateral e disse ao Luís, o roupeiro, para me trazer umas botas com pitons de borracha. Ele foi buscar e a partir daí comecei a jogar normalmente. No fim, o Eriksson só dizia: Porca miséria, nunca mais digo nada ao Valdo...
- Quem é o melhor treinador do Mundo?
- Mesmo que se queira dar outra resposta, é o José Mourinho. Os resultados e os números comprovam-no. É realmente diferente, muito mais próximo dos jogadores do que às vezes parece. E amo as respostas e as entrevistas dele [risos].
- E o melhor jogador do mundo?
- É o Messi. O Cristiano Ronaldo também é fantástico, é uma máquina muito bem trabalhada, mas o Messi é a essência do futebol, é puro.
- Que companheiros mais o impressionaram na sua carreira?
- Um foi sem dúvida o João Vieira Pinto, o Pintinho. Sempre tive curiosidade de jogar com ele, e um dos motivos porque voltei ao Benfica foi por causa dele. Era um jogador diferente dos outros, pequeno mas atrevido e muito inteligente, com notável visão de jogo. E o que mais me impressionava era o poder de elevação dele. Para mim, o João está entre os ilustres do futebol português, ao lado de nomes como Figo, Futre e o pequeno génio, o Chalana, que continua a ser o meu preferido. Aliás, quando eu vim para o Benfica na primeira vez, o Zico disse-me: Vais encontrar lá um tipo chamado Chalana. Joga muito, é brasileiro. Mas o João também era de outro planeta, uma entidade à parte dentro do Benfica. Adorava jogar com ele.
- Ofereceu Bruno Telles ao V. Guimarães e tem aconselhado outros jogadores ao futebol português.
- Sim. Já aconselhei muitos ao Benfica, mas nunca aconteceu encaixar algum. Mas não sou empresário e não tenho jogadores, apenas sou apaixonado por futebol, gosto de observar e aconselhar jogadores que dignifiquem o futebol brasileiro. Aqui em Portugal já aconselhei o Jonas, o Deivid, o Léo, o Gamarra, o Ibson ou o Paulo Almeida, que não deu certo. Também me engano, claro, mas acredito que a minha margem de erro é menor em relação a muitas outras pessoas.
- Como tem visto o Benfica desta época?
- Perdeu Ramires e Di María, duas peças importantes do esquema da época passada, mas não podemos agarrar-nos a isso porque senão quando o Eusébio parou o Benfica tinha fechado as portas. Não sei o que tem faltado, só sabe quem acompanha por dentro no dia-a-dia, mas o que vejo de diferente é a falta de alegria dos jogadores. Vejo uma equipa triste e sem aquela desenvoltura de jogo contagiante. Quem percebe um pouco de futebol vê e sente isso, mas o motivo não sei.
- Era um jogador elegante, que opinião tem sobre o Cardozo, cujo estilo gera tanta discussão?
- Quando os avançados fazem bons jogos e ajudam a equipa mas não marcam golos, acabam também por ser criticados. Eles só têm uma solução: marcar golos, sejam bonitos ou feios, com a canela ou de bico. E o Cardozo cumpre isto à risca, marca golos, independentemente de participar muito ou pouco no volume de jogo da equipa. Ele é tipo um atirador de elite e esses só são chamados quando é preciso, não andam aí na rua para cima e para baixo de arma na mão.
Bola
Chegou ao Benfica em 1988 e, depois de sair para o PSG, em 1991, voltaria à Luz em 1995. Espalhou magia até 2004, altura em que, aos 40 anos, decidiu finalmente terminar a carreira. Em conversa com A BOLA, o médio, que reside em Portugal há muitos anos, recordou e partilhou momentos e histórias. O seu objectivo agora é treinar.
- Já passaram mais de 22 anos desde que chegou ao Benfica. Ainda se lembra dos pormenores da sua transferência para a Luz?
- Estava tudo a correr bem até o senhor Manuel Barbosa [n.d.r. empresário de Valdo] dar uma entrevista à televisão de Porto Alegre, a dizer que o Benfica tinha dinheiro. Já não me lembro bem dos valores, mas se era um milhão passou para dois [risos]. Deu grande confusão porque o Benfica não queria pagar e o presidente do Grémio dizia: Quem tem, paga! Mas tudo se revolveu.
- Que impressões teve ao chegar a Lisboa?
- Já tinha estado em Lisboa antes disso. Salvo erro foi a 19 de Dezembro de 1987, depois de um jogo amigável entre as selecções de Brasil e Alemanha, em Brasília. Estava de férias e o Manuel Barbosa, com aquela lábia, disse para eu vir cá só para conhecer o clube. Quando saí do aeroporto, caramba... Um montão de jornalistas! Tiraram-me fotos com a águia e tudo, imaginem quando voltei para Porto Alegre [risos]... Portanto quando vim em definitivo, em 1988, foi tudo muito tranquilo porque conhecia o clube. Já não me assustei tanto com a imponência do velho Estádio da Luz.
- Quem eram os bem-dispostos e os mal-humorados da equipa?
- O Lima era muito engraçado, o Hernâni, o Silvino, o Pacheco e o Veloso também. O Mats [Magnusson] era, digamos, o mais emburrado, mais introvertido. O Thern, com aquele jeitinho dele, era muito engraçado e o Paneira também. O Schwarz era o mais sério de todos, um profissional extremo [risos].
- E o mais brincalhão?
- O Paneira, claramente, mas o mais engraçado acabava por ser o Lima, pela figura dele, com aquele topete enorme, a tocar violão [risos]. Recordo-me da estreia dele a titular, lá para a 12.ª jornada, depois do normal período de adaptação. Estávamos no túnel da antiga Luz e o presidente João Santos foi falar com ele. Vamos lá Lima, duas batatas hoje!, disse. O Lima voltou-se para ele e disse, apontando para o Magnusson: Fogo, então o seu avançado tem um golo em onze jornadas e eu que vou jogar pela primeira vez de início tenho de marcar dois?! O Lima tinha muitas tiradas assim [risos]...
- Teve alguma praxe no Benfica?
- No Benfica não, mas no Grémio tentaram. Eu era muito magrinho quando cheguei, pesava 43 ou 44 quilos, era só cabelo e dentes. Eles estavam sempre a dizer-me: É hoje, é hoje! Eu morria de medo mas não podia dar parte fraca, tinha de cantar de galo. Um dia avisei-os. Olhem uma coisa, eu sou da favela. Se me fizerem alguma coisa vão ver o que vos faço enquanto dormem, um a um! A verdade é que nunca me tocaram, ficaram com medo que eu fosse maluco [risos].
Rui costa e o jeito malandro de jogar
- Quem era o líder no balneário?
- O Veloso foi sem dúvida um grande capitão, mas não havia uma só voz. Cada um tinha algo a dizer. O Ricardo Gomes, que dispensa apresentações, o Vítor Paneira... O Schwarz falava pouco mas também se expressava à sua maneira, dentro do campo, com aquele estilo aguerrido que não dava uma bola como perdida. E, claro, tenho de mencionar o Mozer, um dos grandes líderes do Benfica quando cheguei.
- O Rui Costa acabou por ser o seu sucessor.
- Sim. Já tinha feito talvez uns dois jogos com o Rui e o Paulo Sousa. Disse aos dirigentes: Vocês não precisam de ir buscar alguém para o meu lugar, têm o Rui Costa. Eles diziam-me que ele era novo, mas tentei fazê-los ver que quem sabe, sabe e há que começar por algum lado.
- O que via nele?
- O Rui tinha uma forma de jogar diferente, mais parecida com a do jogador brasileiro do que com a do europeu. Tinha aquele jeito malandro de jogar, de bater na bola, com disciplina mas um estilo mais vagabundo, a fugir ao protocolo. Como eu e como a maioria dos sul-americanos.
- Você e o Ricardo Gomes tiveram carreiras paralelas durante muitos anos, eram quase inseparáveis...
- Vou dizer-lhe uma coisa, no bom sentido: dormi mais vezes com o Ricardo do que com a minha mulher [risos]. Fomos colegas de quarto durante 12 anos! Bastava quase um olhar para comunicarmos. Naqueles jogos cruéis, em que sentíamos que as coisas estavam muito complicadas, eu dizia-lhe: Bacana, que jogo feio... E ele respondia-me: Nem me digas nada, hoje a coisa está horrível... Sempre tivemos grande cumplicidade. Eu, o Ricardo e o Mozer tratávamo-nos por bacana. Ainda hoje são grandes amigos, tal como o Lima.
- Lembra-se de alguma história engraçada com o Ricardo Gomes?
- Houve uma na minha segunda passagem pelo Benfica. O treinador era o capitão Mário Wilson e tínhamos jogo com o Sporting, em Alvalade. Um exercício do treino culminava com centros para a área e finalização, e num dos cruzamentos o Preud'homme socou a bola, ela passou por cima do Mário Wilson e apareceu o Ricardo Gomes, que rematou de primeira e acertou mesmo no cachaço do professor, que disse logo, com aquela voz característica. F... Quem fez este remate não joga domingo! Mas quando olhou para trás e viu o Ricardo Gomes mudou de ideias. Esse joga, esse joga! [risos].
- No actual Benfica, quem são Valdo, Mozer e Ricardo?
- [risos] É difícil comparar. O Benfica tem jogadores fantásticos. O Aimar é realmente diferente, tem magia e um toque refinado. Pessoalmente, gosto muito do Luisão, grande central, e vê-se que é um jogador que sente o Benfica a cem por cento. David Luiz também é bom jogador e o Fábio Coentrão é fantástico.
- Se pudesse, o que mudava na sua carreira?
- Talvez não devesse dizer isto, mas, sinceramente, se estivesse a começar tentaria ser mais polémico, pois hoje esse tipo de jogadores são mais mediáticos e têm mais importância. Digo isto, mas, devido à minha forma de ser, não sei se teria coragem. E atenção: não basta ser polémico, há que ter talento também e corresponder na arena. Da mesma forma, a imagem tem muito peso actualmente: um jogador com olhos verdes e cabelo loiro e espetado vende mais do que um negão feio de dentes tortos. O negão até pode jogar melhor mas só vende 50 camisolas, ao passo que o outro não joga tanto mas vende um milhão...
- E mágoas?
- Mágoa só tive uma, foi o facto de o Benfica não me ter deixado ir aos Jogos Olímpicos de Seul. Fiquei cá para disputar uma porcaria de um jogo com o Penafiel, com todo o respeito por esse clube. Ganhámos nove a zero. Era o capitão da selecção olímpica brasileira, que perdeu na final para a Rússia. Mas naquela época os clubes podiam proibir os jogadores de ir... Se me perguntar também se merecia estar mo Mundial 1994, respondo que sim, mas o Carlos Alberto Parreira assim não entendeu. E agora vou dizer-lhe uma coisa, a propósito da selecção: não queria estar na pele dos jogadores brasileiros em 2014 [risos]. Só há um resultado possível, a vitória [risos].
- Recorda-se bem da final da Taça dos Campeões Europeus, em 1990, perdida para o Milan?
- Naqueles jogos tudo se decide pelos detalhes. Eles tinham uma grande equipa... Nós também, mas eles... Jogámos de igual para igual, mas o Hernâni, que chamávamos de Mano, ouviu um apito da bancada, hesitou, parou e o Rijkaard furou e marcou.
- Perdeu ainda uma final da Taça de Portugal, frente ao Belenenses.
- Aquela derrota custou-me, até porque tinha pela frente o Baidek, e perder para o Baidek é brincadeira... [risos] Senti um pouco culpado pela derrota porque fui expulso por causa de uma discussão com o árbitro Alder Dante.
- A sua família não ficou triste.
- É verdade, quase toda a minha família sempre foi do Belenenses. A minha filha fugiu um bocadinho, é do Sporting, mas a minha esposa é do Belenenses a mil por cento. Praticou esgrima no clube e o avô dela foi um dos fundadores do clube. Sou o único a carregar a bandeira do Benfica [risos]. Mas a verdade é que também tenho um grande carinho pelo Belém.
- Nunca pensou em treinar o Belenenses?
- Foi se calhar a coisa em que mais pensei. E é um dos meus grandes objectivos. Mas vou fazer o caminho inverso: em Janeiro devo regressar ao Brasil. Devo ficar dois ou três anos, como treinador e gestor de uma equipa, o Serra Macaense, da II divisão carioca. Tenho confiança de que vou fazer um bom trabalho e o objectivo é plantar lá uma semente para colher aqui. Tenho o curso de treinador e já exerci no Brasil, em Balneário Camboriú e no União de Rondonópolis, em Mato Grosso.
- Que treinador o marcou mais?
- Tive vários, no Brasil e na Europa. O Toni, por exemplo, era incrível. Ainda hoje me pergunto como pode estar parado. Creio que acabou por ser prejudicado por aquela sua forma de ser apaixonada, aquele coração. Quando se segue a carreira de jogador ou treinador não se pode exteriorizar certas coisas, há simplesmente que ser profissional, e aquela imagem do Toni a chorar quando saiu do Benfica fragilizou-o muito. Mas é meu amigo pessoal, amo-o e, tecnicamente, foi dos grandes treinadores que tive. O Eriksson era um estratega, o Artur Jorge dava muita força mental aos jogadores, era fantástico nisso...
- Cumpria sempre à risca o que os treinadores lhe diziam?
- Às vezes fugia um pouco do guião, mas quando o fazemos convém que dê certo, senão estamos ferrados [risos]. Lembro-me de um jogo contra o Marítimo, aqui na Luz, em que estava a chover muito, e o periquito, alcunha que dei ao Eriksson, disse que todos tinham de jogar com pitons de alumínio. Mas eu nunca joguei de pitons de alumínio na minha carreira, nunca. Lá tive de entrar assim, mas parecia que estava de saltos altos [risos]. Fui à linha lateral e disse ao Luís, o roupeiro, para me trazer umas botas com pitons de borracha. Ele foi buscar e a partir daí comecei a jogar normalmente. No fim, o Eriksson só dizia: Porca miséria, nunca mais digo nada ao Valdo...
- Quem é o melhor treinador do Mundo?
- Mesmo que se queira dar outra resposta, é o José Mourinho. Os resultados e os números comprovam-no. É realmente diferente, muito mais próximo dos jogadores do que às vezes parece. E amo as respostas e as entrevistas dele [risos].
- E o melhor jogador do mundo?
- É o Messi. O Cristiano Ronaldo também é fantástico, é uma máquina muito bem trabalhada, mas o Messi é a essência do futebol, é puro.
- Que companheiros mais o impressionaram na sua carreira?
- Um foi sem dúvida o João Vieira Pinto, o Pintinho. Sempre tive curiosidade de jogar com ele, e um dos motivos porque voltei ao Benfica foi por causa dele. Era um jogador diferente dos outros, pequeno mas atrevido e muito inteligente, com notável visão de jogo. E o que mais me impressionava era o poder de elevação dele. Para mim, o João está entre os ilustres do futebol português, ao lado de nomes como Figo, Futre e o pequeno génio, o Chalana, que continua a ser o meu preferido. Aliás, quando eu vim para o Benfica na primeira vez, o Zico disse-me: Vais encontrar lá um tipo chamado Chalana. Joga muito, é brasileiro. Mas o João também era de outro planeta, uma entidade à parte dentro do Benfica. Adorava jogar com ele.
- Ofereceu Bruno Telles ao V. Guimarães e tem aconselhado outros jogadores ao futebol português.
- Sim. Já aconselhei muitos ao Benfica, mas nunca aconteceu encaixar algum. Mas não sou empresário e não tenho jogadores, apenas sou apaixonado por futebol, gosto de observar e aconselhar jogadores que dignifiquem o futebol brasileiro. Aqui em Portugal já aconselhei o Jonas, o Deivid, o Léo, o Gamarra, o Ibson ou o Paulo Almeida, que não deu certo. Também me engano, claro, mas acredito que a minha margem de erro é menor em relação a muitas outras pessoas.
- Como tem visto o Benfica desta época?
- Perdeu Ramires e Di María, duas peças importantes do esquema da época passada, mas não podemos agarrar-nos a isso porque senão quando o Eusébio parou o Benfica tinha fechado as portas. Não sei o que tem faltado, só sabe quem acompanha por dentro no dia-a-dia, mas o que vejo de diferente é a falta de alegria dos jogadores. Vejo uma equipa triste e sem aquela desenvoltura de jogo contagiante. Quem percebe um pouco de futebol vê e sente isso, mas o motivo não sei.
- Era um jogador elegante, que opinião tem sobre o Cardozo, cujo estilo gera tanta discussão?
- Quando os avançados fazem bons jogos e ajudam a equipa mas não marcam golos, acabam também por ser criticados. Eles só têm uma solução: marcar golos, sejam bonitos ou feios, com a canela ou de bico. E o Cardozo cumpre isto à risca, marca golos, independentemente de participar muito ou pouco no volume de jogo da equipa. Ele é tipo um atirador de elite e esses só são chamados quando é preciso, não andam aí na rua para cima e para baixo de arma na mão.
Bola
22/12/10
21/12/10
Obrigado Vitória!
A situação é irreversível. O clube vai avançar para a rescisão por justa causa com o tratador e treinador da águia Vitória, Juan Bernabé, líder da empresa Eagle & Victory SLR, na sequência das cenas de violência verificadas, no túnel do Estádio da Luz, pouco antes do início do jogo com o Rio Ave.
Segundo se apurou junto de fonte do emblema encarnado, as imagens vídeo provam que foi o espanhol a agredir o chefe de segurança do clube, Rui Pereira, e não o contrário, como Bernabé alegou, no final do encontro com os vila-condenses.
Entendem os responsáveis encarnados que esta é uma prova suficientemente forte para a rescisão e para suportar a decisão em tribunal, se for necessário.
Entretanto, o Benfica já está a preparar um substituto para Bernabé. «Há mais pessoas que treinam águias em Portugal», disse a mesma fonte ao nosso jornal, admitindo que futuros treinadores e respectivos animais «já estão identificados».
Há vários meses, aliás, que o clube procura uma alternativa. Ou seja, se o espanhol cessar funções, os adeptos não irão ficar muito tempo sem uma águia a voar antes dos jogos, mantendo-se assim uma tradição iniciada com a construção do novo estádio, em 2003, e que tanto impacto tem causado a nível nacional e também internacional.
Segundo se apurou junto de fonte do emblema encarnado, as imagens vídeo provam que foi o espanhol a agredir o chefe de segurança do clube, Rui Pereira, e não o contrário, como Bernabé alegou, no final do encontro com os vila-condenses.
Entendem os responsáveis encarnados que esta é uma prova suficientemente forte para a rescisão e para suportar a decisão em tribunal, se for necessário.
Entretanto, o Benfica já está a preparar um substituto para Bernabé. «Há mais pessoas que treinam águias em Portugal», disse a mesma fonte ao nosso jornal, admitindo que futuros treinadores e respectivos animais «já estão identificados».
Há vários meses, aliás, que o clube procura uma alternativa. Ou seja, se o espanhol cessar funções, os adeptos não irão ficar muito tempo sem uma águia a voar antes dos jogos, mantendo-se assim uma tradição iniciada com a construção do novo estádio, em 2003, e que tanto impacto tem causado a nível nacional e também internacional.
18/12/10
Será o fim da Águia Vitória?
A águia Vitória não fez a habitual aparição no Estádio da Luz, onde o Benfica venceu o Rio Ave por 5-2, e Juan Bernabé, comovido, revelou às rádios, o que aconteceu antes do encontro deste sábado.
“Estou sempre a ser humilhado. O chefe de segurança Rui Pereira dificulta sempre a vida”, explicou, visivelmente consternado.
Depois de ter relatado o sucedido, o funcionário espanhol terá sido agredido no túnel de acesso aos balneários.
O advogado de Bernabé confirmou a agressão a Juán Bernabé.
“Foi proibido de fazer voar a águia. Foi vedado o seu acesso por um segurança», afirmou Ricardo Felgueiras, que falou na Luz após o jogo, sem referir se foi dado algum argumento. «Foi agredido, deitado ao solo por três seguranças. Recebeu ordem directa do administrador, o senhor Domingos Soares Oliveira, para abandonar as instalações, se não ia saber quem ele era”, declarou Ricardo Felgueiras.
O advogado acrescentou ainda que Bernabé “trabalhou seis anos sem contrato e sem receber um cêntimo e que apenas tem contrato há coisa de um ano”, que será válido até 2013.
Do lado do Benfica, João Gabriel, director de comunicação do Benfica fez uma declaração sobre o sucedido, mas sempre sem referir o nome de Bernabé.
“Nesta casa ninguém está acima da instituição. Espero que não dêem destaque ao incidente que se passou porque não passou disso mesmo. Houve uma pessoa que não cumpriu as regras da casa e nesta casa ninguém está acima da instituição, nem o treinador, nem os dirigentes e essa pessoa também não”, atirou.
“Estou sempre a ser humilhado. O chefe de segurança Rui Pereira dificulta sempre a vida”, explicou, visivelmente consternado.
Depois de ter relatado o sucedido, o funcionário espanhol terá sido agredido no túnel de acesso aos balneários.
O advogado de Bernabé confirmou a agressão a Juán Bernabé.
“Foi proibido de fazer voar a águia. Foi vedado o seu acesso por um segurança», afirmou Ricardo Felgueiras, que falou na Luz após o jogo, sem referir se foi dado algum argumento. «Foi agredido, deitado ao solo por três seguranças. Recebeu ordem directa do administrador, o senhor Domingos Soares Oliveira, para abandonar as instalações, se não ia saber quem ele era”, declarou Ricardo Felgueiras.
O advogado acrescentou ainda que Bernabé “trabalhou seis anos sem contrato e sem receber um cêntimo e que apenas tem contrato há coisa de um ano”, que será válido até 2013.
Do lado do Benfica, João Gabriel, director de comunicação do Benfica fez uma declaração sobre o sucedido, mas sempre sem referir o nome de Bernabé.
“Nesta casa ninguém está acima da instituição. Espero que não dêem destaque ao incidente que se passou porque não passou disso mesmo. Houve uma pessoa que não cumpriu as regras da casa e nesta casa ninguém está acima da instituição, nem o treinador, nem os dirigentes e essa pessoa também não”, atirou.
Benfica 5 Rio Ave 2
Um cheirinho do Benfica Campeão
Na recepção à formação de Vila Conde, além do regresso à baliza de Roberto, o Benfica apresentou Sidnei e Salvio como novidades no onze relativamente ao jogo da Taça de Portugal. O central brasileiro substituiu o lesionado e compatriota Luisão, enquanto o argentino ocupou o lugar de Carlos Martins.
Os “encarnados” entraram de rompante no encontro e conseguiram muito cedo uma vantagem de dois golos. Após uma excelente abertura de David Luiz, Pablo Aimar rematou dentro da área e sem hipótese para o guarda-redes Paulo Santos (4’). Sem tempo para respirar, o Rio Ave sofreu quatro minutos depois o segundo tento da equipa de Jorge Jesus. Gaitán cruzou do lado esquerdo e Saviola surgiu a finalizar na área, ainda que o remate tenha sofrido um desvio de um jogador contrário antes de entrar as redes.
Com Pablo Aimar a pautar como ninguém o ataque benfiquista, as jogadas de bom futebol foram sendo uma constante. Num desses lances, Saviola cruzou para o interior da área, no entanto, o desvio do Cardozo não levou a melhor direcção (26’).
O Rio Ave não existiu praticamente durante a primeira parte, chegando apenas com perigo na parte final. Foi numa dessas jogadas rápidas que João Tomás concluiu no interior da área “encarnada” (42’).
O início do segundo tempo foi igualmente muito forte por parte do Benfica, o que conduziu a dois golos num espaço de dez minutos. Após uma excelente arrancada pelo lado esquerdo, Salvio cruzou para a área onde surgiu Saviola a concluir com facilidade (51’).
Apesar da sua pequena estatura, Salvio esteve em evidência na obtenção de dois golos de cabeça. O número oito marcou aos 61 minutos e, depois de o Rio Ave ter reduzido numa grande penalidade assinalada pelo árbitro (João Tomás, 70’), voltou a bater Paulo Santos (73’).
O sexto golo do Benfica só não aconteceu por pura infelicidade, já que o inspirado Salvio acertou na barra (84’). A partida ficou ainda marcada pela expulsão de Fábio Coentrão, por acumluação de amarelos.
Os “encarnados” cumpriram, assim, os seus objectivos no último encontro de 2010. Além da vitória, os comandados de Jorge Jesus realizaram uma excelente exibição, o que abre boas perspectivas para o ano de 2011.
Rui Mendes - site Benfica
Herói ou vilão?
A IFFHS divulgou a lista dos melhores avançados em 2010 onde, nos primeiros lugares, surge o nome de Cardozo. O internacional paraguaio do Benfica partilha a oitava posição com... Cristiano Ronaldo. Em primeiro lugar surge o uruguaio Luiz Suarez, do Ajax.
Posso estar enganado mas quando Cardozo sair do Benfica, vamos ter de esperar mas 20 anos para ter alguém que marque tanto como ele...o ultimo grande goleador foi Magnusson há 18 anos ( se Pierre van Hooijdonk tem ficado no Benfica mais tempo poderia perfeitamente entrar nesta estatística).
Quer se goste ou não Cardozo é o tipo de jogador que aparece no Benfica de 20 em 20 anos...
Posso estar enganado mas quando Cardozo sair do Benfica, vamos ter de esperar mas 20 anos para ter alguém que marque tanto como ele...o ultimo grande goleador foi Magnusson há 18 anos ( se Pierre van Hooijdonk tem ficado no Benfica mais tempo poderia perfeitamente entrar nesta estatística).
Quer se goste ou não Cardozo é o tipo de jogador que aparece no Benfica de 20 em 20 anos...
17/12/10
Estugarda na Liga Europa
Acessível
O Benfica vai ter pela frente o Stuttgart, equipa com a qual apenas jogou oficialmente por uma vez, na época 2003/04, na então Taça UEFA, perdendo por 3-0. Caso as águias eliminem o emblema alemão vão ter pela frente nos oitavos-de-final ovencedor da partida entre Bate Borisov e PSG.
O Estugarda está actualmente na 17ª posição no campeonato Alemão mas tem o 4º melhor ataque do campeonato! a boa noticia é que tem uma das piores defesas da prova. Em 16 jogos ganhou 3 empatou 3 e perdeu 10, tendo marcado 29 e sofrido 30...
Em Janeiro o Campeonato Alemão vai parar, em Fevereiro vamos ver se foi bom ou mau para o Benfica.
Benfica - Estugarda » 17 Fevereiro
Estugarda - Benfica » 24 Fevereiro
15/12/10
O Rei chegou há 50 anos
Eusébio aterrou em Lisboa e o futebol português mudou significativamente.
Apesar dos valores que mais recentemente entre nós despontaram, Eusébio é, ainda, a grande referência do futebol português. Nascido no modesto bairro de Mafalala, em Lourenço Marques, hoje Maputo, o jovem moçambicano cedo deu nas vistas como juvenil na equipa de “Os Brasileiros”. Já mais a sério defendeu as cores do Sporting local, filial dos “leões” da Metrópole, depois de duas tentativas não coroadas de êxito para jogar no rival Desportivo. Alertado por Hilário, que conhecia bem Eusébio, o Sporting de Lisboa não foi, contudo, lesto na transferência para o clube-sede e o Benfica adiantou-se num rocambolesco golpe, garantindo por 250 contos os serviços do jogador. A 15 de Dezembro de 1960, Eusébio embarcava em Lisboa. Há 50 anos. Ou seja, há meio século, o futebol português deu uma cambalhota inesquecível. Até aí, o Sporting era o clube português com mais títulos nacionais emr elação ao Benfica (10-9). Quando Eusébio deixou o Benfica, 15 anos depois, o palco era o mesmo, mas o cenário, esse, já era outro (21-14).
Burocracias de vária ordem, envolvendo DGD (Direcção Geral do Desporto) e FPF (Federação Portuguesa de Futebol), atrasaram o processo que só ao cabo de cinco meses conheceu o seu epílogo, favorável ao Benfica. Desta forma, só a 23 de Maio, já devidamente inscrito, pode Eusébio patentear os seus recursos. Foi num desafio de “reservas”, frente ao Atlético (4-2). Um “hat-trick” do novo reforço não deixava dúvidas quanto à sua capacidade. Até final da época, ainda teve oportunidade de se sagrar campeão nacional, ao jogar o último encontro da época, no Restelo (4-0), contribuindo com um golo. Na Taça é que as coisas não correram de feição. Integrado numa equipa de segunda (o “onze” principal estava em Berna para a final da Taça dos Campeões), viu-se eliminado pelo Vitória de Setúbal (1-4), tendo falhado a sua primeira grande penalidade. Mas, para não variar, foi ele o autor do golo do Benfica.
A Europa só dele tomou conhecimento no Verão de 1961, quando no renomado Torneio de Paris marcou três golos ao Santos de Pelé em pouco mais de um quarto de hora. Para quem tinha entrado após o intervalo foi obra! Na sua primeira época inteira na Luz (61-62), não fez a coisa por menos e sagrou-se, aos 20 anos, campeão europeu. A vítima foi o consagrado Real Madrid (5-3), com dois golos da sua autoria, depois de notável desempenho na fase de qualificação. Algo que contribuiu decisivamente para a Bola de Prata com que foi agraciado. Em 63, Benfica e Eusébio voltariam à ribalta europeia, mas o Milan não consentiu a reedição da proeza. O mesmo aconteceria em 65 (Inter, 0-1) e 68 (Manchester United, 1-4 após prolongamento), em outras tantas finais ingloriamente perdidas.
Impedido por Salazar de se transferir para Itália, sob o pretexto de estar classificado como “património nacional”, Eusébio por cá ficou, coleccionando vitórias atrás de vitórias que ainda hoje o colocam no top dos predestinados. Para além dos êxitos já referidos, Eusébio foi campeão nacional por 11 vezes, o que é recorde, e ganhou a Taça de Portugal por cinco. Mas é nos golos que a sua marca é indelével. Foi melhor goleador europeu por duas vezes e recordista, a nível interno, por sete. No Benfica, é ainda detentor do máximo nacional absoluto (727 golos) e recordista nacional nas provas da UEFA (57). Elevou o emblema da águia nas representações pelas diversas selecções a que foi chamado, sendo ainda, trinta anos depois da última internacionalização, o melhor marcador da “equipa de todos nós”, com 41 golos, recorde batido por Pauleta no século XXI.
Operado por seis vezes ao joelho esquerdo, Eusébio jogou no Benfica até final da época 1974-75. Rumou, depois, aos EUA, Canadá e México, para terminar a sua carreira em Portugal, ao serviço do Beira Mar e do União Tomar. Desde 1980 faz parte dos quadros técnicos do Benfica, sendo hoje o grande embaixador do clube e da selecção nacional.
O seu nome está intimamente relacionado com o sensacional terceiro lugar que a selecção nacional alcançou no Mundial 66, numa altura em que Portugal estava longe de constituir uma potência da modalidade. Para além dos nove golos então marcados, o “Pantera Negra” foi considerado por muitos o melhor jogador do certame e só não repetiu a conquista da Bola de Ouro (nº 1 europeu) do ano anterior por escasso ponto.
Rui Tovar
Apesar dos valores que mais recentemente entre nós despontaram, Eusébio é, ainda, a grande referência do futebol português. Nascido no modesto bairro de Mafalala, em Lourenço Marques, hoje Maputo, o jovem moçambicano cedo deu nas vistas como juvenil na equipa de “Os Brasileiros”. Já mais a sério defendeu as cores do Sporting local, filial dos “leões” da Metrópole, depois de duas tentativas não coroadas de êxito para jogar no rival Desportivo. Alertado por Hilário, que conhecia bem Eusébio, o Sporting de Lisboa não foi, contudo, lesto na transferência para o clube-sede e o Benfica adiantou-se num rocambolesco golpe, garantindo por 250 contos os serviços do jogador. A 15 de Dezembro de 1960, Eusébio embarcava em Lisboa. Há 50 anos. Ou seja, há meio século, o futebol português deu uma cambalhota inesquecível. Até aí, o Sporting era o clube português com mais títulos nacionais emr elação ao Benfica (10-9). Quando Eusébio deixou o Benfica, 15 anos depois, o palco era o mesmo, mas o cenário, esse, já era outro (21-14).
Burocracias de vária ordem, envolvendo DGD (Direcção Geral do Desporto) e FPF (Federação Portuguesa de Futebol), atrasaram o processo que só ao cabo de cinco meses conheceu o seu epílogo, favorável ao Benfica. Desta forma, só a 23 de Maio, já devidamente inscrito, pode Eusébio patentear os seus recursos. Foi num desafio de “reservas”, frente ao Atlético (4-2). Um “hat-trick” do novo reforço não deixava dúvidas quanto à sua capacidade. Até final da época, ainda teve oportunidade de se sagrar campeão nacional, ao jogar o último encontro da época, no Restelo (4-0), contribuindo com um golo. Na Taça é que as coisas não correram de feição. Integrado numa equipa de segunda (o “onze” principal estava em Berna para a final da Taça dos Campeões), viu-se eliminado pelo Vitória de Setúbal (1-4), tendo falhado a sua primeira grande penalidade. Mas, para não variar, foi ele o autor do golo do Benfica.
A Europa só dele tomou conhecimento no Verão de 1961, quando no renomado Torneio de Paris marcou três golos ao Santos de Pelé em pouco mais de um quarto de hora. Para quem tinha entrado após o intervalo foi obra! Na sua primeira época inteira na Luz (61-62), não fez a coisa por menos e sagrou-se, aos 20 anos, campeão europeu. A vítima foi o consagrado Real Madrid (5-3), com dois golos da sua autoria, depois de notável desempenho na fase de qualificação. Algo que contribuiu decisivamente para a Bola de Prata com que foi agraciado. Em 63, Benfica e Eusébio voltariam à ribalta europeia, mas o Milan não consentiu a reedição da proeza. O mesmo aconteceria em 65 (Inter, 0-1) e 68 (Manchester United, 1-4 após prolongamento), em outras tantas finais ingloriamente perdidas.
Impedido por Salazar de se transferir para Itália, sob o pretexto de estar classificado como “património nacional”, Eusébio por cá ficou, coleccionando vitórias atrás de vitórias que ainda hoje o colocam no top dos predestinados. Para além dos êxitos já referidos, Eusébio foi campeão nacional por 11 vezes, o que é recorde, e ganhou a Taça de Portugal por cinco. Mas é nos golos que a sua marca é indelével. Foi melhor goleador europeu por duas vezes e recordista, a nível interno, por sete. No Benfica, é ainda detentor do máximo nacional absoluto (727 golos) e recordista nacional nas provas da UEFA (57). Elevou o emblema da águia nas representações pelas diversas selecções a que foi chamado, sendo ainda, trinta anos depois da última internacionalização, o melhor marcador da “equipa de todos nós”, com 41 golos, recorde batido por Pauleta no século XXI.
Operado por seis vezes ao joelho esquerdo, Eusébio jogou no Benfica até final da época 1974-75. Rumou, depois, aos EUA, Canadá e México, para terminar a sua carreira em Portugal, ao serviço do Beira Mar e do União Tomar. Desde 1980 faz parte dos quadros técnicos do Benfica, sendo hoje o grande embaixador do clube e da selecção nacional.
O seu nome está intimamente relacionado com o sensacional terceiro lugar que a selecção nacional alcançou no Mundial 66, numa altura em que Portugal estava longe de constituir uma potência da modalidade. Para além dos nove golos então marcados, o “Pantera Negra” foi considerado por muitos o melhor jogador do certame e só não repetiu a conquista da Bola de Ouro (nº 1 europeu) do ano anterior por escasso ponto.
Rui Tovar
Sorteio da Taça de Portugal
F.C. Porto-Pinhalnovense
Rio Ave-Benfica/Olhanense
Académica/U. Madeira/Bombarralense/Louletano-V. Setúbal Varzim/Gondomar/Ribeirão/Merelinense-V. Guimarães.
Jogos a 11/12 Janeiro (terça e quarta-feira)
Benfica - Olhanense joga-se a 5 de Janeiro
Benfica - Olhanense joga-se a 5 de Janeiro
14/12/10
12/12/10
Benfica 2 Braga 0
Tango com sabor a Fado
Foi com uma exibição muito segura que o Benfica apurou-se este domingo para os oitavos-de-final da Taça de Portugal, onde vai defrontar o Olhanense. A partida frente ao Sp. Braga teve um sentido único, acabando com a vitória clara dos “encarnados” por 2-0.
As "águias" iniciaram o encontro com três alterações no onze relativamente ao jogo da última terça-feira com o Schalke 04. Júlio César substituiu o habitual Roberto na baliza, sendo que Carlos Martins e Gaitán entraram para os lugares de Ruben Amorim e César Peixoto, respectivamente.
Apesar de o adversário contar com cinco jogadores de características ofensivas no onze inicial, a verdade é que o Benfica soube neutralizar muito bem as poucas acções atacantes dos bracarenses ao longo da primeira parte.
Foi, então, um Benfica muito bem organizado e determinado que permitiu um primeiro tempo de superioridade clara sobre os visitantes. As primeiras situações de perigo começaram por pertencer a Carlos Martins (5’) e Maxi Pereira (11’). Estes remates não acertaram no alvo, ao contrário do que ia acontecer com o pontapé de Luisão aos 22 minutos. O remate do central brasileiro levava selo de golo, mas o guarda-redes Artur fez uma defesa espectacular e impediu, assim, o primeiro tento dos “encarnados”.
Com o adversário a chegar apenas com perigo à baliza de Júlio César aos 31 minutos, o Benfica chegou à vantagem após um lançamento de linha lateral de Maxi Pereira. O uruguaio colocou Javi Garcia e este desviou de cabeça para a conclusão irrepreensível de Saviola (37’).
As “águias” voltaram a estar muito perto de marcar no período de descontos. Aimar conquistou a bola no meio-campo e desmarcou Cardozo que tentou picar a bola sobre o guardião contrário, no entanto, este fez uma boa intervenção.
O início do segundo tempo ficou marcado por duas jogadas de perigo dos “encarnados”, mas que não foram concluídas da melhor forma por Saviola (50’) e Cardozo (58’). Antes da oportunidade do avançado paraguaio, o árbitro Carlos Xistra perdoou o cartão vermelho ao jogador Sílvio (57’). A entrada duríssima sobre Gaitán foi punida apenas com um cartão amarelo…
Sentido único…
Os forasteiros fizeram uma dupla substituição aos 60 minutos, mas foi o Benfica que continuou a ser a formação mais perigosa dentro das quatro linhas. Entrado em campo há relativamente pouco tempo, o argentino Salvio arrancou para o interior da área e tentou colocar em Saviola, contudo, Paulão evitou a finalização do número 30 “encarnado” com um corte para canto (71’).
Cardozo (81’) e Saviola (82’) voltaram a ameaçar a baliza de Artur, mas não foram novamente felizes. A noite positiva do Benfica também contou com o contributo de Júlio César que travou com uma defesa espectacular a única situação de verdadeiro perigo do adversário. O guarda-redes opôs-se a um cabeceamento muito perigoso de Alan (87’).
O segundo golo dos “encarnados” surgiu já no período de descontos. Após um remate ao poste de Salvio, a bola sobrou para Ruben Amorim e este rematou para uma defesa incompleta do guardião contrário, algo que Aimar, em posição regular, aproveitou para cabecear para o fundo das redes bracarenses.
O Benfica alcançou, assim, uma vitória mais que justa frente a um Sp. Braga que raramente incomodou o guarda-redes Júlio César.
Na próxima ronda, a equipa de Jorge Jesus vai receber o Olhanense.
O Benfica apresentou a seguinte equipa: Júlio César; Maxi Pereira, Luisão (Sidnei, 25’), David Luiz e Fábio Coentrão; Javi Garcia, Carlos Martins (Salvio, 66’), Pablo Aimar e Gaitán (Ruben Amorim, 89’); Saviola e Cardozo.
Site Benfica (Rui Manuel Mendes)
11/12/10
LFV na Benfica TV
Luís Filipe Vieira garantiu, em entrevista à BenficaTV, que tem total confiança no treinador Jorge Jesus, garantindo que este é o treinador do seu Benfica. O dirigente aproveitou também para assumir uma possível incursão no mercado de transferências.
"O treinador do Benfica é o mesmo que deu o título, faz parte da solução e não do problema. Não podemos voltar a um passado recente. Ninguém está contente, mas não vamos seguir o caminho mais fácil, porque costuma ser o pior", frisou o dirigente encarnado, assumindo como um "erro" a situação que envolveu a saída de Fernando Santos da Luz.
"O Benfica tem um treinador e esse treinador irá continuar. É o mesmo treinador que nos deu o título e os jogadores também querem dar a volta à situação. Os adeptos têm de estar com os jogadores mesmo nos maus momentos e têm de estar no estádio para apoiar a equipa, já no próximo domingo", acrescentou.
O dirigente da equipa lisboeta garante que o plantel está à altura, mas não fecha a porta a uma possível ida ao mercado: "Sei que o Benfica tem o treinador e plantel certos, mas pode haver algum reajustamento".
Luís Filipe Vieira aproveitou para pedir o apoio e confiança dos adeptos: "Não é com 20 mil adeptos no estádio que se inverte a situação. Tem de haver confiança nos jogadores. Não nos podemos esquecer que foram estes jogadores que deram dois títulos na temporada passada, algo que não acontece há muito tempo".
Para finalizar, o presidente dos encarnados garantiu que o clube não irá mudar o rumo que vem seguindo: "Não vamos reagir ao sabor da derrota. Há 90 dias diziam que tudo era perfeito e agora parece não estar. O caminho está traçado e é para levar o clube a ganhar muitas vezes e não vai mudar por maus resultados"
"O treinador do Benfica é o mesmo que deu o título, faz parte da solução e não do problema. Não podemos voltar a um passado recente. Ninguém está contente, mas não vamos seguir o caminho mais fácil, porque costuma ser o pior", frisou o dirigente encarnado, assumindo como um "erro" a situação que envolveu a saída de Fernando Santos da Luz.
"O Benfica tem um treinador e esse treinador irá continuar. É o mesmo treinador que nos deu o título e os jogadores também querem dar a volta à situação. Os adeptos têm de estar com os jogadores mesmo nos maus momentos e têm de estar no estádio para apoiar a equipa, já no próximo domingo", acrescentou.
O dirigente da equipa lisboeta garante que o plantel está à altura, mas não fecha a porta a uma possível ida ao mercado: "Sei que o Benfica tem o treinador e plantel certos, mas pode haver algum reajustamento".
Luís Filipe Vieira aproveitou para pedir o apoio e confiança dos adeptos: "Não é com 20 mil adeptos no estádio que se inverte a situação. Tem de haver confiança nos jogadores. Não nos podemos esquecer que foram estes jogadores que deram dois títulos na temporada passada, algo que não acontece há muito tempo".
Para finalizar, o presidente dos encarnados garantiu que o clube não irá mudar o rumo que vem seguindo: "Não vamos reagir ao sabor da derrota. Há 90 dias diziam que tudo era perfeito e agora parece não estar. O caminho está traçado e é para levar o clube a ganhar muitas vezes e não vai mudar por maus resultados"
07/12/10
Festejar a derrota
Benfica 1 Schalke 2
Sem alma e sem paixão, assim vai o Campeão
O Benfica perdeu esta noite em casa (0-1) com o Schalke e esteve à beira de ser afastado das provas europeias. Valeu às águias um golo do Lyon em cima da hora, no jogo com o Hapoel.
Num jogo em que só a vitória colocaria a equipa a salvo de uma surpresa na partida de Lyon, o Benfica teve as primeiras oportunidades para marcar, mas a desinspiração de Óscar Cardozo manteve a baliza alemã livre de perigo.
Do lado contrário, o espanhol Jurado – à passagem dos 20 minutos – foi menos perdulário. Recebeu um passe feito com o peito por Raúl e rematou forte e colocado, sem hipóteses para Roberto.
Ao intervalo Jorge Jesus tentou corrigir alguns desequilíbrios da equipa, fazendo entrar Aimar e Gaitán, que começaram o jogo no banco, e sair César Peixoto e Maxi Pereira. O Benfica demorou a reagir e os alemães mantiveram o jogo sob controlo. Em França o Lyon ia dando uma ajuda aos encarnados e até se colocava em vantagem.
Pouco depois, no entanto, o Hapoel reagiu e empatou o outro jogo do grupo. Os israelitas fizeram ainda o segundo golo e deixaram a águia em posição difícil. O Benfica estava, agora, obrigado a ganhar para continuar na Europa.
Jesus tirou Carlos Martins e fez entrar Salvio. Quase de seguida o Schalke aumentou a vantagem, através de Howedes. A cerca de oito minutos do final da partida o Benfica tinha de marcar três golos ou esperar que o Lyon marcasse um.
Luisão reduziu, mas a águia não completou o milagre. Valeu, no entanto, o golo do empate alcançado pelo Lyon, em França. O Benfica esteve quase eliminado, mas acabou por beneficiar da preciosa ajuda dos franceses.
O Benfica é terceiro classificado no grupo B e passa à Liga Europa, onde vai encontrar-se com Sporting, FC Porto e SC Braga.
Novo equipamento
O Benfica vai estrear um novo equipamento frente ao Schalke 04, no derradeiro encontro da fase de grupos da Liga dos Campeões. O modelo da Adidas é uma edição especial e limitada a 2 mil unidades, que será utilizado apenas em competições europeias.
Este equipamento conta com a revolucionária tecnologia ClimaCool, que permite uma melhor ventilação da transpiração, proporcionando assim mais conforto para o jogador.
A nova camisola terá a cor branca e vermelha.
Record
Este equipamento conta com a revolucionária tecnologia ClimaCool, que permite uma melhor ventilação da transpiração, proporcionando assim mais conforto para o jogador.
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Record
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